A era digital trouxe uma onda de transformações nos mercados, especialmente com o surgimento de plataformas de rede que modificam radicalmente como negócios são conduzidos e valor é criado. Paralelamente, os estudos de economia comportamental, liderados por insights de Daniel Kahneman – prêmio Nobel de Economia em 2002 e que nos deixou recentemente – em “Thinking, Fast and Slow“, oferecem uma compreensão profunda de como as decisões humanas são menos racionais e mais influenciadas por uma série de vieses cognitivos.
Convergindo essas duas poderosas perspectivas, as empresas podem redefinir estratégias para alavancar a inteligência artificial (IA) de maneira que ressoe mais profundamente com o comportamento humano, garantindo assim uma posição competitiva sustentável no mercado.
As plataformas de rede, conforme discutido por Geoffrey Parker, Marshall Van Alstyne e Sangeet Paul Choudary em “Platform Revolution”, criam ecossistemas onde os usuários e fornecedores interagem diretamente, eliminando intermediários e reduzindo fricções de transação. A IA tem um papel crucial aqui, não apenas em facilitar essas interações, mas em personalizar a experiência do usuário, antecipar necessidades e otimizar a entrega de serviços baseados em um entendimento comportamental.
O trabalho de Kahneman revela que as decisões humanas são frequentemente guiadas pelo que ele chama de Sistema 1 (rápido, intuitivo) e Sistema 2 (lento, racional). Para plataformas que utilizam IA, há uma oportunidade de desenhar interfaces e interações que se alinham intuitivamente às respostas do Sistema 1, enquanto fornecem análises suficientemente robustas para satisfazer as deliberações do Sistema 2 quando necessário.
Combinando os insights de “Platform Revolution” e “Thinking, Fast and Slow”, as empresas podem desenvolver estratégias de IA que não apenas se alinham com as exigências técnicas e econômicas dos mercados de plataforma, mas que também respeitam e utilizam os intricados padrões do comportamento humano. Esta abordagem dual garante que as plataformas não só capturem valor, mas também sustentem engajamento e satisfação do usuário, pilares essenciais para o sucesso em longo prazo no ambiente digital competitivo de hoje.
Fonte: SC Inova /Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS.
Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”
No Brasil, os investimentos no último ano totalizaram 455 negócios e um volume aportado de US$ 1,9 bilhão. Com base nesses dados, o país representou 61,2% dos investimentos na região latino-americana em termos de quantidade de negócios.
Ao considerar as 455 rodadas mapeadas, o número indica uma redução de 51,1% no volume de deals em comparação com o ano anterior. Em termos financeiros, o último ano também apresenta uma diminuição significativa de 56,8%.
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