O Observatório Sebrae Startups, do Sebrae/SC, acaba de divulgar a pesquisa SEBRAE Startups Report Santa Catarina 2024, com uma análise abrangente do ecossistema de startups do estado
“Entre os principais objetivos da pesquisa está o de integrar e democratizar o acesso a informações considerando todo o ecossistema de inovação envolvido na sua concepção e desenvolvimento. Assim, conseguiremos contribuir para a evolução no setor e impulsionar a inovação e o crescimento econômico regional, fornecendo dados que agregam na compreensão e o fortalecimento contínuo deste potente e reconhecido ecossistema de startups que temos em Santa Catarina, que continua evoluindo, demonstrando cada vez mais potencial de crescimento e sua relevância para o Brasil”, afirma o Gerente de Inovação do Sebrae/SC, Alexandre Souza.
De acordo com o levantamento, existe um perfil bem diversificado, o que reflete a realidade, caracterizada pela riqueza de sua matriz econômica e reconhecida pelo desenvolvimento tecnológico e inovador.
Ao todo, foram mapeadas 1.604 startups, sendo os três principais municípios Florianópolis (676), seguido de Joinville (162) e Blumenau (125).
Já em relação às regiões, destaca-se a Grande Florianópolis (782), com maior concentração de startups no estado, bem como despontam-se novos centros, como Norte (210) e Oeste (135).
Também foi identificado que 79% das startups foram criadas nos últimos 5 anos. Ao mesmo tempo em que indica o crescimento de startups, também sugere um ponto de atenção, tendo em vista que os primeiros anos são os mais críticos para um negócio. No entanto, existe uma busca por investimentos e desenvolvimento tecnológico, demonstrando o foco no fortalecimento dos negócios e sustentabilidade financeira ao longo do tempo.
Além disso, há uma diversidade de modelos de negócio e estratégias de receita, com nichos e oportunidades em diferentes setores, o que evidencia a capacidade de empreender com criatividade e originalidade.
Para Alexandre, além de apresentar tendências, este estudo destaca um cenário promissor para o empreendedorismo no estado:
“Percebemos que, com o apoio contínuo e investimentos, as startups de Santa Catarina têm o potencial de transformar positivamente a economia e a sociedade”.
A microempresa (29,39%) é o principal porte das startups. No geral, o modelo de receita assinatura (SaaS) mais utilizado representa 48,87%. Já em relação ao modelo de negócio, o B2B é o mais utilizado pelas, representando 64,25%. Ainda conforme os dados, 35,66% das estão na fase de tração.
As startups atuam em diversos setores da economia, sendo os principais tecnologia da informação (17,82%), saúde e bem-estar (8,85%), gestão e consultoria (8,34%) e educação (7,84%).
A diferença de gênero nas startups continua evidente: 74,17% são homens e apenas 25,83% são mulheres.
Embora a diferença permaneça, houve um aumento da presença feminina na liderança das startups, quando comparado com o ano anterior.
A diversidade racial nas startups em Santa Catarina revela também uma diferença significativa. Cerca de 77,04% das startups não possuem pessoas negras em suas equipes.
Já em relação a presença de pessoas LGBTQIA+ entre os sócios ainda é limitada. Cerca de 82,31% das startups não possuem sócios LGBTQIA+, enquanto apenas 9,23% contam com essa representatividade. Além disso, 8,46% das startups preferiram não responder.
Quando se trata de pessoas com deficiência, os números revelam uma significativa ausência de pessoa com deficiência (PCD) nas startups em Santa Catarina, com 90,77% das empresas não possuindo PCDs em seus times. E ao falar sobre a representação indígena na startups, é ainda pior, com 94,81% de ausência.
Fonte: Redação Economia SC
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