A distância média entre duas estrelas na Via Láctea (a nossa galáxia) é de cerca de cinco anos-luz, equivalente a 47 trilhões de quilômetros, de acordo com o Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA. Para você ter uma ideia, o Sol está a 149.600.000 km da Terra – 0,02% da distância média entre as estrelas.
No entanto, nossa visão do céu noturno é apenas uma imagem bidimensional das estrelas mais brilhantes. Uma estrela visível pode, na verdade, ser duas unidas. E as estrelas individuais numa constelação podem estar muito mais distantes do que parecem.
A distância entre as estrelas varia consideravelmente, segundo o Live Science. O Sol está a cerca de 4,25 anos-luz (40 trilhões de km) de sua vizinha estelar mais próxima, a Próxima Centauri, de acordo com a NASA.
A distância entre as estrelas varia consideravelmente, segundo o Live Science. O Sol está a cerca de 4,25 anos-luz (40 trilhões de km) de sua vizinha estelar mais próxima, a Próxima Centauri, de acordo com a NASA.
A Próxima Centauri, por outro lado, é uma das três estrelas num sistema e está a apenas um quinto de ano-luz de suas vizinhas mais próximas, de acordo com o site Space.
“Nunca confie em constelações. Se você vê duas estrelas lado a lado no céu, isso é uma projeção em 2D. Você não sabe se elas estão realmente próximas uma da outra.”
Anna Rosen, astrofísica e professora assistente na Universidade Estadual de San Diego
O sistema Centauri mostra que a distância média entre estrelas na galáxia não oferece uma imagem completa da distribuição de estrelas, o que também muda ao longo do tempo.
As estrelas estão em movimento. Embora estejamos muito distantes para nossos olhos seguirem o movimento das estrelas, poderíamos ver se vivêssemos tempo o suficiente.
“Todas as estrelas parecem muito estáticas, mas se você fosse capaz de viajar através de milênios, você realmente veria que a forma das constelações muda lentamente.”
Jos de Bruijne, astrônomo da Agência Espacial Europeia
A compreensão atual dos pesquisadores é que a maioria das estrelas nasce em ambientes agrupados relativamente próximos um do outro. Mas, ao longo do tempo, influências externas no espaço, como o campo gravitacional geral da galáxia, podem fazer com que as estrelas se dispersem lentamente.
A forte atração gravitacional da Via Láctea normalmente impede que as estrelas se afastem muito umas das outras. E nossa galáxia não está sozinha nesse aspecto. De Bruijne observou que a distância média entre estrelas na Via Láctea também é típica da separação entre estrelas em outras galáxias. No entanto, algumas estrelas podem escapar de suas galáxias natais e de seus vizinhos estelares.
Estrelas que aceleram a uma velocidade suficientemente alta vão se libertar da atração gravitacional de sua galáxia. Um mecanismo para isso ocorrer na Via Láctea envolve o gigantesco buraco negro no centro de nossa galáxia. Apelidado de Sagitário A*, esse gigante cósmico tem uma massa quatro milhões de vezes maior que a do Sol.
“Se uma estrela estiver passando muito perto desse buraco negro, ela não será engolida, mas será fortemente acelerada”, explicou de Bruijne. “Ela receberá algum tipo de aceleração de estilingue em sua velocidade.”
As estrelas que passam por esse ou outro método de aceleração vão gradualmente deixar a galáxia. Uma vez fora, elas podem vagar sozinhas nos vastos vazios entre galáxias, que podem se estender por milhões de anos-luz.
Fonte: Olhar Digital / Por Pedro Borges Spadoni
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