A medicina já avançou muito nos últimos anos. Mas ainda há muito a ser descoberto, especialmente quando falamos de tratamentos para doenças degenerativas. Pensando nisso, o pesquisador e doutor em Ciências de Materiais graduado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) José Ricardo Muniz Ferreira quer levar células-tronco para o espaço.
José Ricardo Muniz Ferreira acredita que, ao levar o material para o espaço, a mudança física, e não apenas química, deixe as células-tronco mais puras. Dessa forma, poderia se obter respostas para doenças até então consideradas incuráveis ou tratadas apenas de forma paliativa.
“As células-tronco que são os produtos de terapia para o enfrentamento de doenças degenerativas e a produção envolve o uso de insumos químicos que vão estimular a célula a se multiplicar, a se diferenciar e cumprir a função que a gente espera para aquele tratamento. A terapia celular visa auxiliar os profissionais da área de saúde no enfrentamento de doenças degenerativas e trazer resposta para o quê, até então, é tido como incurável ou tratado de forma paliativa.”
José Ricardo Muniz Ferreira, pesquisador e doutor em Ciências de Materiais graduado na Ufes
Ele explica que células-tronco mais puras podem desempenhas a mesma função com uma potência maior.
“Células cultivadas em ambientes de micro gravidade, é esperado que elas necessitem de um menor estímulo químico para que elas cumpram com as funções esperadas e, mais do que isso, que elas tenham um maior potencial para o desempenho daquela atividade pra funcionar como um remédio, como um medicamento de fato só que biológico na sua essência.”
José Ricardo Muniz Ferreira, pesquisador e doutor em Ciências de Materiais graduado na Ufes
Além disso, testes em ambiente de microgravidade que simula o espaço já foram feitos. Isso confere um estímulo físico para a célula, diminuindo a necessidade do estímulo químico para que ela cumpra o seu papel e para que tenha um potencial aumentado como medicamento biológico.
As fontes, a estratégia adotada e toda a metodologia envolvida no experimento são inovadoras, segundo o pesquisador brasileiro.
Fonte: Olhar Digital / Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi
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