Os detalhes vêm enquanto empresas de tecnologia buscam uma fonte alternativa dos escassos chips necessários para o funcionamento da IA. É o que destacou a agência de notícias Reuters na terça.
“Nossos clientes, antes de tudo, têm pedido por escolha na indústria”, disse a vice-presidente de estratégia e gerenciamento de produtos da Intel, Jeni Barovian. “Eles têm vindo até nós e esperam que a Intel, como líder em computação, siga a onda da IA generativa e entregue soluções que atendam às suas necessidades. E eles estão procurando por uma abordagem aberta.”
Até o momento, Amazon, Nvidia, Microsoft e OpenAI não quiseram comentar a rodada de investimentos, segundo a Reuters. Vale lembrar que no ano passado a Figure AI conseguiu levantar US$ 70 milhões em sua rodada inicial liderada pela Parkway Venture Capital. A empresa concentra seus esforços no desenvolvimento de robôs humanoides versáteis, capazes de operar em diversos ambientes e desempenhar uma ampla gama de tarefas, desde logística em armazéns até atendimento ao varejo.
A Intel informou que seu novo chip Gaudi 3 é capaz de treinar grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) específicos 50% mais rapidamente do que o processador H100 da Nvidia.
Ainda de acordo com a Intel, o novo chip é capaz de computar respostas de IA generativa, processo chamado de inferência, mais rapidamente do que os chips H100 para alguns dos modelos testados pela fabricante.
A Intel utilizou o processo de cinco nanômetros da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) – sim, aquela que deixou o mundo da tecnologia apreensivo após terremoto no país – para construir os chips.
O Gaudi 3 inclui dois chips processadores principais fundidos e é mais do que duas vezes mais rápido que seu antecessor. O chip é projetado para ser interligado com milhares de outros. Quando feito isso, pode gerar uma enorme quantidade de poder de computação.
O novo chip da Intel estará disponível para empresas de servidores como a Supermicro e a Hewlett Packard Enterprise (HP) no segundo trimestre de 2024.
A Intel e a Advanced Micro Devices (AMD) têm lutado para produzir um conjunto convincente de chips e o software necessário para construir aplicações de IA que possam se tornar uma alternativa viável fora do oferecido pela Nvidia.
A Nvidia controlava aproximadamente 83% do mercado de chips de data center em 2023, com a maioria dos 17% restantes detidos pelas unidades de processamento de tensor personalizadas (TPUs) do Google, que a big tech não vende diretamente.
Fonte: Olhar Digital / Por Thiago Morais, editado por Bruno Capozzi
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