Você deve se lembrar da grande polêmica lançada em 2015 sobre a cor de um vestido na internet. Algumas pessoas enxergavam azul e preto, enquanto outras tinham certeza que a roupa era branca e dourada. Mas o que faz com que vejamos cores diferentes do que elas realmente são?
Há, ainda, uma questão fisiológica. Ocasionalmente, cones ou células fotorreceptoras coloridas na retina, que transformam a luz em sinais que o cérebro pode interpretar, podem enganar o cérebro para “ver” algo que não está lá.
A maioria das pessoas tem três tipos de fotorreceptores coloridos, ou células cone, que são nomeados de acordo com os comprimentos de onda que detectam: longo, médio e curto. As “longas” e “médias” são as melhores em perceber a luz nos comprimentos de onda amarelo e verde do espectro visível. Enquanto isso, as “curtas” são ideais para capturar luz violeta.
O que acontece é que estes fotorreceptores operam como músculos e podem se cansar. Por exemplo, quando olhamos para uma folha de papel vermelha (que tem um comprimento de onda longo), o cone longo trabalha mais do que os cones médios e curtos.
Se, depois de olharmos para o papel vermelho, nos voltarmos para uma folha de papel branca, os cones médio e curto compensarão a atividade do cone longo e criarão uma cor verde. Essa ilusão de cor é chamada de pós-imagem negativa. Em contraste, o olho também pode ver uma imagem da mesma cor de um objeto que não existe mais. Essa ilusão de cor também é conhecida como pós-imagem positiva e geralmente ocorre em um período de tempo muito mais curto.
O mesmo efeito não acontece com uma folha de papel branca porque o branco contém todos os comprimentos de onda no espectro de luz visível. Quando olhamos para este material, todos os três tipos de cones são estimulados igualmente. Isso significa que, com o tempo, os cones longos, médios e curtos ficam cansados quase na mesma medida.
Fonte: Olhar Digital / Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi
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