No dia 19 de outubro, celebramos o Dia Nacional da Inovação, e embora o tema tenha ganhado destaque nos últimos anos — muitas vezes relacionado a startups, softwares e novos equipamentos eletrônicos —, vai muito além disso.
O conceito de inovação é vasto e existem várias definições, mas vou compartilhar uma que considero relevante para refletirmos juntos sobre o tema:
De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005), inovação refere-se a: “implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, de um processo, de um novo método de marketing ou de um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.“
Essa definição amplia nosso entendimento, mostrando que a inovação não se limita a tecnologia, mas permeia métodos, processos e organizações. No entanto, uma simples busca no Google revela inúmeras outras definições e aplicações.
Eu poderia aproveitar este momento para discutir os números da inovação no Brasil e no mundo, as empresas mais inovadoras, os recursos disponíveis ou até mesmo o cenário da nossa produção acadêmica. Mas hoje quero propor uma abordagem diferente, conectada ao propósito da nossa associação, a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC): “inspirar os associados e o mercado, divulgando tendências e melhores práticas de Marketing e Vendas para alavancar a economia.”
Cresci em uma família de “homens de venda” e acompanhei meu pai em diversas operações comerciais. Lembro dele assistindo vídeos do Prof. Marins e seu icônico case da “Caçada do Emu” (ok, acabei de entregar minha idade!). Desde então, o mundo e os consumidores mudaram drasticamente: a forma como compramos, contratamos serviços, os meios que utilizamos para efetuar a compra e até como pagamos, tudo se transformou.
Também tive a oportunidade de atuar – e mais tarde empreender, no mercado de comunicação. Perdi a conta de quantas vezes vi diretores de arte “criando” em uma sala repleta de exemplares da revista Archive. Gente continua sendo gente e comunicação ainda tem o mesmo objetivo, seja em um jornal impresso, outdoor ou nas redes sociais, mas será que os gatilhos de compra são os mesmos de décadas atrás? Será que os consumidores respondem às mesmas estratégias?
Já os ecossistemas de inovação têm uma perspectiva mais ampla. Eles buscam promover um ambiente de experimentação, aprendizado e desenvolvimento de inovações para garantir a competitividade, principalmente – mas não somente – das empresas e organizações já estabelecidas. Em um ecossistema de inovação, as inovações podem ocorrer em qualquer parte da cadeia de valor, seja por meio de novas tecnologias, novos processos de gestão, metodologias, ou novas formas de engajamento com a sociedade. Essas inovações desenvolvidas podem ser incorporadas aos negócios já existentes, mas também podem ser desenvolvidas por meio de startups, além de outros modelos de negócio que não necessariamente sejam tão disruptivos ou escaláveis.
Fonte: Por Jean Vogel, colunista do SC Inova e Diretor de Inovação da ADVB/SC
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