Um agrupamento de manchas solares estava particularmente “furioso” nos últimos dias. A região ativa AR4274 produziu dezenas de erupções, entre elas, a mais violenta de 2025, que impactou a Terra na terça-feira (11).
Após uma aparente “trégua”, o ponto voltou a se agitar, gerando uma explosão X4 na sexta (14). Conforme o previsto, o material disparado por esse evento – o segundo mais forte do ano – atingiu a Terra “de raspão” no início da madrugada de domingo (16), à 1h da manhã (pelo horário de Brasília).
O planeta já está fora da mira dessa mancha solar, que acaba de se virar para o lado invisível do Sol, onde transitará nas próximas duas semanas.
Vamos entender:
De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, a CME que impactou a Terra tangencialmente no domingo não provocou uma tempestade geomagnética.
Embora a mancha solar já tenha se afastado da nossa visão e a atividade geral do Sol tenha diminuído, o clima espacial permanece em movimento.
Segundo o guia de observação EarthSky.org, mesmo não estando mais apontada para a Terra, a mancha solar AR4274 continua explodindo. Ela foi a responsável por todas as 20 CMEs fracas e moderadas lançadas pelo Sol no período entre a noite de sábado (14) e a de domingo, mostrando que ela ainda tem muita “munição” – só está “disparando” para outra direção.
Um artigo publicado semana passada na revista Nature relata a primeira observação de uma estrela relativamente próxima lançando ao espaço um fluxo de plasma conhecido como ejeção de massa coronal (CME), fenômeno semelhante ao liberado pelas explosões que ocorrem no Sol.
A detecção, feita com a sonda espacial XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), e o radiotelescópio LOFAR (rede de antenas distribuídas pela Europa), marca um avanço importante na astronomia: é a primeira confirmação direta de que outras estrelas também podem produzir esse tipo de erupção.
Fonte: Olhar Digital / Por Flavia Correia
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