A história de algumas lendas urbanas cresce ao ponto delas superarem as fronteiras de um país e se tornarem internacionais. Talvez o caso mais famoso seja o do Monstro do Lago Ness, na Escócia. Mas temos também o Pé-Grande, nos Estados Unidos. E até o chupa-cabra, que ficou mais restrito aqui ao Brasil.
Em todos esses casos, você vai encontrar gente que acredita e que duvida da veracidade das informações. Independentemente disso, fato é que algumas cidades se fizeram a partir desses mitos.
A pequena Fredericton, em New Brunswick, Canadá, por exemplo. O município tem cerca de 60 mil habitantes apenas e recebe mais turistas do que isso todos os anos. O motivo? O “Sapo Coleman”.
A história não é tão famosa aqui no Brasil, mas ganhou destaque em outras partes do mundo, levando muitos curiosos à região. A lenda do sapo Coleman fica ainda mais interessante porque o animal gigante original estaria taxidermizado no museu da cidade.
Mas será que é real?
Pois bem, ainda de acordo com o folclore canadense, o Sapo Coleman teria morrido em um misterioso “acidente de dinamite”.
Fred Coleman teria, então, enviado os restos mortais do seu fiel companheiro para um taxidermista.
O corpo “empalhado” está exposto até hoje no Museu de Fredericton – e você pode ver a imagem que um turista postou no TripAdvisor.
Outra “prova” de que a lenda seria verdadeira é a foto antiga que mostramos há pouco…
Bom, não precisa ser nenhum especialista para colocar em dúvida a procedência tanto da imagem como da figura empalhada. Mesmo assim, recorremos à ciência.
O site IFL Science ouviu David Green, diretor do Museu Redpath da Universidade McGill, em Montreal, um especialista em vertebrados. E sabe o que ele disse?
“Isso tudo é bobagem, sabia?”
Primeiro porque o uísque provavelmente mataria o sapo. Esses anfíbios, aliás, nem bebem pela boca como nós; eles absorvem umidade pela pele ao redor da barriga e das coxas.
Ou seja, estamos diante de uma mentira. Acredito que os próprios moradores de Fredericton sabem disso, mas não se importam. Nada como uma bela lenda urbana para alavancar o turismo local.
As informações são do IFL Science.
Fonte: Olhar Digital / Por Bob Furuya, editado por Bruno Ignacio de Lima
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