Cientistas podem desvendar mais detalhes sobre a complexa história da Lua usando amostras coletadas há mais de 50 anos nas missões Apollo, da NASA. Uma nova análise da poeira lunar coletada por astronautas da Apollo 16 em 1972, por exemplo, revela os efeitos dos impactos de asteroides na Lua, permitindo reconstruir bilhões de anos de história lunar.
As descobertas também podem auxiliar as próximas missões tripuladas a localizar recursos naturais preciosos para estabelecer bases lunares, afirmam cientistas.
Agora, os pesquisadores dizem que um novo estudo sobre os gases lunares aprisionados está revelando mais capítulos da história lunar. Em uma declaração recente, o principal autor do estudo, Mark Nottingham, da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, disse que será possível “construir um quadro muito mais completo da história desta parte da Lua durante o início do sistema solar”.
Ao analisar amostras coletadas durante a missão Apollo 16, Nottingham e seus colegas usaram técnicas de espectrometria de massa para catalogar vários gases nobres e sua abundância nas amostras. Isso ajudou a determinar quanto tempo as amostras passaram expostas na superfície da Lua ou perto dela.
A composição química dos gases presos nos regolitos — resultado da fusão da poeira lunar com rocha devido à força dos impactos de asteroides — mostra que elas ficaram expostas ao vento solar e aos impactos de asteroides por um período prolongado;
As idades de exposição variaram entre as amostras, de 2,5 bilhões de anos a menos de um bilhão, sugerindo que o solo da lua ao redor da área de pouso é misturado com parte movida até a superfície por impactos mais recentes, relata o novo estudo.
Nottingham diz que estudos como este ajudarão os cientistas a entender melhor onde gases nobres e outros elementos podem ser encontrados na Lua, auxiliando a humanidade a planejar melhor a futura exploração lunar.
“É extraordinário pensar que as amostras que a Apollo 16 trouxe há mais de meio século ainda têm segredos a revelar sobre a história da Lua”
Mark Nottingham, da Universidade de Glasgow, principal autor do estudo
A pesquisa foi publicada este mês na revista Meteoritics & Planetary Science. As informações são do Space.com.
Fonte: Olhar Digital / Por Gabriel Sérvio
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