Com mais de 100 anos, uma fêmea de tubarão-da-groenlândia encontrada encalhada em uma praia na Cornualha (Inglaterra), no ano passado, morreu em plena adolescência. Isso porque a espécie pode viver até 500 anos, sendo considerado o animal vertebrado de vida mais longa na Terra.
Embora seja realmente uma expectativa de vida admirável, está muito abaixo da longevidade do animal que vive mais tempo em todo o mundo – sendo capaz de chegar aos 11 mil anos!
Mamíferos de gestação mais longa de que se tem notícia, as baleias-da-groenlândia são também os seres mais longevos dessa subclasse de vertebrados. Embora a expectativa de vida exata seja desconhecida, pontas de arpões encontradas em alguns indivíduos sugerem que esse animal vive confortavelmente mais de um século e pode chegar a 200 anos.
Típico do Oceano Pacífico (da Califórnia ao Japão), onde se alimenta de pequenos animais como camarões e peixes menores, o bodião-de-rougheye pode crescer até 97 cm de comprimento e viver quase 205 anos.
Presentes em rios e córregos da Europa e da América do Norte, os mexilhões-de-rio são animais de metabolismo lento que, para se nutrir, filtram partículas de alimentos da água. De acordo com o World Wildlife Fund (WWF), o mais velho mexilhão-de-rio já conhecido tinha 280 anos.
Um estudo publicado na revista The Science of Nature em 2017 descobriu que a Escarpia laminata, uma espécie do fundo do mar no Golfo do México, vive normalmente até 200 anos, com alguns espécimes sobrevivendo por mais de 300. Segundo a pesquisa, esses vermes tubulares têm uma taxa de mortalidade baixa por sofrerem poucas ameaças naturais e pela falta de predadores.
Quahogs do oceano são moluscos que habitam o Oceano Atlântico Norte. Um exemplar da espécie encontrado em 2006 na costa da Islândia tinha 507 anos, de acordo com o Museu Nacional do País de Gales, no Reino Unido.
Habitantes das profundezas dos oceanos Ártico e Atlântico Norte, os tubarões-da-groenlândia se alimentam de outros animais, incluindo peixes e mamíferos marinhos, como focas. Esses predadores podem chegar a 7,3 m de comprimento e viver até 512 anos.
Embora pareçam rochas e plantas subaquáticas coloridas, os corais, na verdade, são compostos de exoesqueletos de invertebrados chamados pólipos, que se multiplicam, criando uma cópia geneticamente idêntica que vai sendo agregada ao conjunto.
Todas as espécies de corais podem viver mais de 100 anos, mas os corais negros de águas profundas (Leiopathes sp.) estão entre os que vão mais longe – espécimes encontrados na costa do Havaí foram identificados com 4.265 anos.
Assim como os corais, as esponjas também são formadas por colônias de animais e podem viver por milhares de anos, com destaque para as chamadas esponjas de vidro. Um estudo publicado na revista Chemical Geology em 2012 relatou um espécime de Monorhaphis chuni com estimados 11 mil anos.
Não, você não leu errado – alguns animais são considerados imortais, como a medusa Turritopsis dohrnii, por exemplo. Essa minúscula criatura marinha pode fazer seu relógio biológico retroceder, criando uma massa de células infantis (mesmo que já tenha se reproduzido sexualmente). De volta a seu estado juvenil, ela também consegue se reproduzir assexuadamente, clonando pólipos de si mesma, o que lhe atribui duas formas de propagar seu material genético.
Outro caso de imortalidade ocorre com a hydra. Esses animais, que vivem em regiões temperadas e tropicais, têm capacidade ilimitada de autorregeneração de suas células-tronco.
Com informações do site Vida de Bicho.
Fonte: Olhar Digital /Flavia Correia
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