Caos global: apagão cibernético atrapalha voos, bancos e comunicação mundial

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Apagão envolve usuários Microsoft e empresa de segurança cibernética (Imagem: Angelus_Svetlana/Shutterstock)

Um apagão cibernético detectado na madrugada (no Brasil) desta sexta-feira (19) está provocando verdadeira dor de cabeça em várias partes do mundo. Voos foram atrasados, além de problemas com serviços bancários e de comunicação foram constatados.

Nos Estados Unidos, as principais companhias aéreas paralisaram seus voos, causando confusão nos aeroportos. Na Austrália, as filas estão crescendo e passageiros estão sendo retidos, pois os serviços de check-in online e cabines de autoatendimento estão desativados.

Conforme a Associated Press, o apagão tem a ver com usuários da Microsoft, que têm problemas para acessar serviços e aplicações do Microsoft 365.

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Delta Airlines foi uma das afetadas e cancelou voos (Imagem: Bradley Caslin/Shutterstock)

Por sua vez, o governo da Austrália afirma que o incidente estaria relacionado a um problema global envolvendo a empresa de segurança cibernética CrowdStrike. No país, há, também, problemas com operadoras de telefonia e internet.

A CrowdStrike já se manifestou, dizendo estar ciente de falhas no Windows relacionadas ao sensor Falcon. Contudo, a informação foi publicada em uma área do site da empresa protegido por senha.

Contudo, um usuário do X publicou uma suposta captura de tela do comunicado. Veja:

AP pediu mais informações à CrowdStrike, que não respondeu até agora. Até o momento, segundo o g1, não há problemas relatados no Brasil.

Caos global com apagão cibernético

  • A rede de TV estadunidense ABC relata que nenhum voo de America Airlines, United e Delta devem decolar nas próximas horas. As viagens já em curso seguirão normalmente;
  • Os maiores aeroportos de Índia e Europa sofrem com problemas técnicos. Em Berlim, as decolagens foram suspensas por algumas horas;
  • Outro problema tecnológico reportado foi no Alasca (EUA), onde o serviço de emergências 911 (o 190 do Brasil) ficou fora do ar;
  • Na Austrália, serviços bancários e de mídia também foram afetados, obrigando algumas lojas a fecharem suas portas temporariamente;
  • No Reino Unido, há relatos de que o serviço de trem foi afetado, podendo enfrentar cancelamentos de viagens;
  • O canal britânico Sky news enfrentou dificuldades para transmitir ao vivo e chegou a ficar fora do ar e alegou desligamentos repentinos de computadores Windows, que passaram a exibir a “tela azul da morte”;
  • As autoridades de saúde do país relataram que a agenda virtual dos médicos está fora do ar;
  • Consumidores não conseguiram pagar suas compras, pois háinterrupções nos sistemas de pagamentos;
  • Na Alemanha, cirurgias eletivas foram canceladas em dois hospitais;
  • Na África, um dos maiores bancos da África do Sul disse enfrentar problemas, com todos os seus serviços sendo afetados em todo o país africano;
  • Outras duas empresas que estão sofrendo com o problema, segundo o DownDetector, são Visa e Amazon.

A companhia aérea de baixo custo Ryanair apontou que “estamos atualmente enfrentando interrupções na rede devido a uma interrupção global de TI de terceiros que está fora do nosso controle”.

Em dado momento da transmissão, houve também a participação internacional do astrônomo amador Marcelo Domingues, diretamente de Plano, no Texas, onde acompanhou de perto o eclipse – tentando driblar o tempo nublado. Admirador da astronomia desde criancinha, Domingues é membro do Clube de Astronomia de Brasília e da Bramon, além de caçador de eclipses.

Marcelo Zurita aproveitou a ocasião para demonstrar um simulador de eclipse solar para mostrar ao público como o evento funciona (em sua forma total, anular e híbrida).

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Empresa de segurança cibernética CrowdStrike está envolvida no apagão (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

Imagens do eclipse solar total inundam as redes sociais

No X, a Microsoft, por meio do perfil do 365, disse estar “trabalhando para redirecionar o tráfego impactado para sistemas para aliviar o impacto de uma forma mais rápida” e que estão “observando uma tendência positiva na disponibilidade do serviço”.

AP pediu mais detalhes à Microsoft, que não respondeu e também não explicou sobre a causa da interrupção.

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