Ciclone extratropical deve afetar Santa Catarina a partir desta segunda-feira com risco de chuva intensa e ventos fortes

Um ciclone extratropical deve afetar Santa Catarina entre esta segunda-feira (08) e quarta-feira (10), trazendo mudanças significativas nas condições do tempo no estado

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A intensidade dos impactos dependerá da posição e das condições atmosféricas associadas ao fenômeno, por isso, é importante que os moradores estejam cientes dos riscos específicos de sua região e tomem as precauções necessárias.

“Esse é o tipo das tempestades de primavera em que, às vezes, o dia até está ensolarado e de repente fecha tudo e a chuva vem com intensidade. A gente está acompanhando de perto o cenário e monitorando. Eu peço que as pessoas tenham cuidado e evitem se expor aos riscos”, disse o governador Jorginho Mello, em vídeo publicado nas redes sociais, na manhã deste domingo (7). Como há risco de granizo, o governador reforçou o alerta para a agricultura, diante dos recentes prejuízos provocados por temporais a produtores rurais. “Vamos estar prontos para atuar em qualquer emergência, sempre em conjunto com as prefeituras”, completa Jorginho Mello.

A partir de segunda-feira (08), a aproximação do ciclone começa a afetar o estado. O dia começa com sol e temperaturas elevadas, mas com o avanço da nebulosidade, o risco de temporais aumenta. Na tarde de segunda-feira, o Oeste catarinense já deverá enfrentar chuvas intensas, ventos fortes e possível queda de granizo. A partir daí, o fenômeno avança para as regiões do Grande Oeste e Planalto Norte, onde o risco de alagamentos, enxurradas, destelhamentos e danos à rede elétrica será alto. Nas regiões do Planalto Sul e Vale do Itajaí, o risco é moderado, e no litoral os temporais serão mais isolados, com baixo risco.

Na terça-feira (09), o ciclone passa pelo estado, mantendo o tempo fechado e com chuvas fortes desde a madrugada. A previsão é de que o risco seja alto em todas as regiões, incluindo o litoral, devido à possibilidade de alagamentos e enxurradas. Com o tempo mais fechado, as temperaturas caem para cerca de 20°C. Durante a tarde, o vento se intensifica nas regiões costeiras, com rajadas de até 80 km/h, podendo causar danos, como quedas de árvores e destelhamentos. A agitação marítima também aumenta, com ondas de até 3 metros entre a Grande Florianópolis e o Litoral Sul.

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O risco é alto a muito alto para ocorrências associadas a destelhamentos, danos na rede elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos e enxurradas.
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Na quarta-feira, o ciclone se afasta para alto mar e a instabilidade perde força. No entanto, o vento aumenta, com rajadas entre 60 e 80km/h na maior parte das regiões. Nas áreas mais costeiras e serranas essas rajadas podem chegar aos 100 km/h em alguns momentos. Neste dia, ainda são esperadas pancadas de chuva rápidas, mas o risco de ocorrências diminui.

Além disso, o mar fica agitado ao longo da quarta e quinta-feira, 11, com risco de ressaca e ondas entre 3,0 m e 3,5 m, com picos de até 4,0 m em alto mar no Litoral Sul. Na quinta, entretanto, não há mais condição para chuva e o vento passa a soprar de sudeste.

Na sexta-feira, 12, a formação de um novo sistema de baixa pressão entre o Paraguai e o oeste da Região Sul, volta a deixar o tempo instável, com condições para temporais com chuva pontualmente intensa.

Ciclone atípico

De acordo com meteorologistas da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina e da Epagri/Ciram, o ciclone extratropical previsto para esta semana é considerado atípico por se desenvolver em período mais quente do ano e por se formar muito próximo da costa, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

Outro aspecto incomum é a pressão atmosférica mais baixa do que a observada normalmente e o deslocamento lento do sistema, fatores que aumentam os impactos sobre o estado. Por isso, os efeitos do ciclone devem se estender desde seu processo de formação na segunda-feira (08) até seu afastamento para alto-mar, previsto para quinta-feira (10).

Proteção e Defesa Civil recomenda

Diante do cenário de chuva intensa e volumosa, a Secretaria da Proteção e Defesa Civil alerta para condições de fragilização do solo e risco de deslizamentos. O risco geológico está presente em diversas regiões do estado, contudo, torna-se modedado na região da Grande Florianópolis e no Litoral Sul. Por isso, recomenda-se atenção especial às áreas de encosta, taludes rodoviários e locais previamente mapeados como áreas de risco.

Além disso, mantenha-se em local abrigado em caso de temporais, longe de janelas e objetos que possam ser arremessados. Evite também transitar próximo de árvores, placas, muros e postes de energia. Jamais, atravesse ruas alagadas ou pontes e pontilhões submersos.

A SPDC/SC reforça a importância em acompanhar as atualizações e alertas emitidos nos próximos dias nos nossos canais oficiais.

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