O possível colapso de uma mina da Braskem em Maceió, capital do Alagoas, fez o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) elevarem para o grau máximo o nível de acompanhamento do caso no Observatório de Causas de Grande de Repercussão (OGGR) nesta sexta-feira (1º).
De acordo com o órgão, o motivo da atualização é o alerta máximo que a Defesa Civil colocou na região devido ao aumento dos tremores causados pelos impactos na mina de sal-gema. “É manifesta a necessidade de elevação do grau de acompanhamento do caso no âmbito do OCGR para o grau máximo, 3 – Colaboração, apropriado para questões dotadas de extrema complexidade procedimental ou material, ou cujas externalidades negativas possam atrapalhar a celeridade do procedimento”, diz a nota.
Cinco bairros da cidade foram esvaziados, inclusive com um hospital sendo desativado, nos últimos dias. Segundo especialistas, é possível que uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã se abra no local. Para piorar, ela provavelmente seria inundada, formando um lago com profundidade de 8 a 10 metros.
De acordo com a Defesa Civil de Maceió, a área ao redor da mina 18 da Braskem está afundando cerca de 2,6 centímetros por hora. Já o deslocamento vertical da mina é de 1,42 metro.
Em nota divulgada na última sexta, a empresa diz que está tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto dos tremores na região. A Braskem ainda alega que parou a extração de sal-gema em Maceió em 2019.
“Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, acrescenta a empresa;.
Fonte: Olhar Digital / Por Lucas Soares
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Ascenda Digital Mídia LTDA.