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Covid longa pode gerar sequelas até 2 anos após infecção

Um estudo identificou que pacientes hospitalizados em função da infecção por Covid-19 apresentam maiores riscos relacionados à covid longa
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Imagem: Nhemz/Shutterstock

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde global relacionada à Covid-19 em maio de 2023. No entanto, milhões de pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 ainda sofrem com os reflexos da doença: a chamada covid longa. Um novo estudo aponta que essa condição pode gerar problemas à saúde do paciente mesmo dois anos após a infecção.

Efeitos da covid longa

  • Os pesquisadores identificaram um risco elevado de diabetes, problemas pulmonares, fadiga, coágulos sanguíneos e distúrbios que afetam os sistemas gastrointestinal e musculoesquelético em pacientes com a covid longa.
  • O estudo foi publicado na revista Nature Medicine e aponta que esses efeitos podem ser verificados em pacientes que foram hospitalizados em função da infecção, ou seja, que tiveram um quadro grave de Covid-19.
  • “Para muitas pessoas, o risco contínuo e duradouro da covid longa e seus efeitos adversos de longo prazo na saúde são lembretes sóbrios de que a pandemia não está no espelho retrovisor. As lutas contínuas das pessoas com covid longa são lembretes vívidos e diários do legado prejudicial e duradouro da Covid-19”, afirmou Ziyad Al-Aly, epidemiologista clínico da Universidade de Washington e um dos autores da pesquisa.
  • Apesar do alerta, os pesquisadores destacam que alguns dos riscos para pacientes que não precisaram ser hospitalizados se tornaram mínimos após o período de dois anos, segundo informações da Medical Xpress.
  • “Nossas descobertas destacam a carga cumulativa substancial da perda de saúde devido à covid longa e enfatizam a necessidade contínua de cuidados de saúde. Parece que os efeitos dela para muitos não só afetarão esses pacientes e sua qualidade de vida, mas potencialmente contribuirão para um declínio na expectativa de vida e também podem impactar a participação no trabalho, a produtividade econômica e o bem-estar social”, disse Al-Aly.

Descobertas do estudo

  • O novo estudo se concentrou no risco de morte, hospitalização e 80 diferentes condições adversas de saúde possíveis em pessoas com Covid-19 durante os dois anos pós-infecção.
  • “A maior parte do que sabemos sobre a covid longa é limitada a pesquisas que analisam dados de pacientes de seis meses a um ano após a infecção inicial. Olhar além do primeiro ano após a infecção e entender as trajetórias de saúde de longo prazo de pessoas que tiveram Covid-19 é muito importante e pode ajudar a informar estratégias de cuidado para essa população,” observou o pesquisador.
  • No total, foram analisados cerca de 6 milhões de registros médicos de um banco de dados mantido pelo Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, o maior sistema de saúde integrado do país.
  • Os pacientes representavam múltiplas idades, raças e sexos.
  • Em comparação com o grupo controle, os riscos de morte e hospitalização pós-infecção entre aqueles não hospitalizados diminuíram e se equipararam ao grupo controle não infectado aos seis meses e 19 meses, respectivamente.
  • Ao longo do período de dois anos, os riscos diminuíram e se tornaram insignificantes para 55 (69%) das 80 condições relacionadas à covid longa estudadas pelos pesquisadores.
  • Já entre aqueles que precisaram passar por hospitalização em função da Covid-19, o risco de morte permaneceu elevado pelos dois anos após a infecção, assim como o risco para 52 (65%) das 80 condições relacionadas à covid longa.

Fonte: Ohar Digital / Por Alessandro Di Lorenzo

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