Conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma mancha no Sol foi responsável pela segunda maior explosão solar dos últimos tempos na terça-feira (1). Acontece que o astro não está para brincadeira esta semana: na manhã desta quinta (3), um novo episódio, ainda mais potente, resultou em uma erupção recorde, que superou até mesmo o grande evento de maio deste ano.
Tanto a explosão de segunda-feira quanto a mais recente (a maior desde 2017) eclodiram da mancha solar hiperativa AR3842, localizada próxima ao equador do Sol.
O evento foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma colaboração entre as agências espaciais norte-americana e europeia. A radiação liberada pela explosão ionizou o topo da atmosfera da Terra e causou um profundo apagão de ondas curtas sobre a África e o Atlântico Sul.
De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, os operadores de radioamadorismo na área podem ter notado perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz por até meia hora após o momento da explosão, às 9h18 (pelo horário de Brasília).
Se as CMEs são lançadas em direção à Terra, podem atingir a atmosfera do planeta e reagir com a magnetosfera, provocando tempestades geomagnéticas. A depender da potência, essas tempestades podem ocasionar desde a formação de auroras até efeitos mais graves, como interrupções em sistemas de comunicação ou mesmo derrubar satélites em órbita.
Neste caso, é esperada para o fim de semana uma tempestade geomagnética G3 (considerada forte uma escala de G1 a G5), podendo atingir até mesmo a classe G4 (severa).
Normalmente, CMEs mais fortes provocam auroras em latitudes médias e baixas em toda a Europa e nos EUA.
No nível G4, mais especificamente, há também uma ameaça de problemas generalizados com controle de tensão e impactos à rede que podem afetar alguns sistemas de proteção. Além disso, sistemas de navegação por satélite e de baixa frequência, como GPS, podem ser interrompidos e as operações de espaçonaves também podem ter problemas com carregamento e rastreamento de superfície.
Fonte: Olhar Digital / Por Flavia Correia
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Ascenda Digital Mídia LTDA.