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[DIÁRIOS DA IA] A revolução dos modelos de fundação: oportunidades para novas formas de negócios

Assim como a nuvem democratizou o acesso à computação, os agentes de IA podem democratizar a inteligência e a automação

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Assim como a nuvem democratizou o acesso à computação, os agentes de IA podem democratizar a inteligência e a automação

A era digital tem sido marcada por inovações tecnológicas que transformam radicalmente a forma como empresas operam e criam valor. A computação em nuvem, por exemplo, redefiniu modelos de negócios, permitindo escalabilidade e flexibilidade sem precedentes. Agora, estamos diante de outra transformação monumental: os modelos de fundação em inteligência artificial (IA). 

Assim como os microserviços revolucionaram o desenvolvimento de software na era da nuvem, os agentes de IA prometem inaugurar uma nova onda de oportunidades de negócios que ainda nem conseguimos conceber completamente.

O LEGADO DA NUVEM NOS MODELOS DE NEGÓCIOS

Antes da nuvem, as empresas precisavam investir pesado em infraestrutura de TI, limitando a inovação e a agilidade. A computação em nuvem democratizou o acesso a recursos computacionais, permitindo que startups competissem com gigantes estabelecidos. Novos modelos de negócios surgiram, como o Software como Serviço (SaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Infraestrutura como Serviço (IaaS), transformando cadeias de valor e criando ecossistemas inteiros em torno de serviços baseados em nuvem.

MODELOS DE FUNDAÇÃO E AGENTES DE IA: O PRÓXIMO SALTO

Os modelos de fundação, como grandes modelos de linguagem e visão computacional, estão se tornando a base para uma variedade de aplicações de IA. Esses modelos pré-treinados podem ser adaptados para tarefas específicas com muito menos dados e tempo, acelerando o desenvolvimento de soluções de IA.

Assim como os microserviços permitiram que componentes de software independentes fossem desenvolvidos, implantados e escalados separadamente, os agentes de IA podem ser vistos como “microserviços inteligentes”. Eles podem executar tarefas autônomas, interagir com outros agentes e sistemas, e aprender com o tempo. Isso abre portas para modelos de negócios inovadores, como:

  • IA como Serviço (AIaaS): Empresas oferecendo agentes de IA especializados para tarefas específicas, que podem ser integrados facilmente em diferentes sistemas.
  • Mercados de Agentes Autônomos: Plataformas onde agentes de IA negociam e interagem para fornecer serviços complexos, sem intervenção humana direta.
  • Personalização em Massa Dinâmica: Produtos e serviços que se adaptam em tempo real às necessidades individuais dos clientes, impulsionados por agentes de IA.

OPORTUNIDADES ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Podemos apenas começar a imaginar o que será possível:

  • Economias Autônomas: onde agentes de IA gerenciam cadeias de suprimentos inteiras, otimizando processos de ponta a ponta sem intervenção humana.
  • Serviços Profissionais Automatizados: agentes de IA oferecendo consultoria jurídica, médica ou financeira personalizada, acessível globalmente.
  • Inovação Coletiva: plataformas onde agentes de IA colaboram para resolver problemas complexos, acelerando descobertas científicas e tecnológicas.

Estamos à beira de uma transformação que pode superar em escala e impacto o que a computação em nuvem fez pelas empresas. Os modelos de fundação e agentes de IA não apenas aprimoram processos existentes, mas têm o potencial de redefinir completamente os modelos de negócios e as indústrias. Assim como a nuvem democratizou o acesso à computação, os agentes de IA podem democratizar a inteligência e a automação.

Se os modelos de fundação e os agentes de IA podem transformar tão profundamente os negócios, estamos prontos para repensar nossos modelos atuais? As empresas que liderarão o futuro serão aquelas que não apenas adotam essas tecnologias, mas que também reinventam suas estratégias fundamentais em torno delas. 

O momento de agir é agora; o futuro dos negócios será moldado por aqueles que ousam imaginar o inimaginável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

  • Armbrust, M., Fox, A., Griffith, R., Joseph, A. D., Katz, R., Konwinski, A., … & Zaharia, M. (2010). A View of Cloud Computing. Communications of the ACM, 53(4), 50-58.
  • Brynjolfsson, E., & McAfee, A. (2014). The Second Machine Age: Work, Progress, and Prosperity in a Time of Brilliant Technologies. W. W. Norton & Company.
  • Goodfellow, I., Bengio, Y., & Courville, A. (2016). Deep Learning. MIT Press.
  • LeCun, Y., Bengio, Y., & Hinton, G. (2015). Deep Learning. Nature, 521(7553), 436-444.
  • Lewis, J., & Fowler, M. (2014). Microservices: A Definition of this New Architectural Term. martinfowler.com.
  • Manyika, J., Chui, M., Bughin, J., Dobbs, R., Bisson, P., & Marrs, A. (2013). Disruptive Technologies: Advances That Will Transform Life, Business, and the Global Economy. McKinsey Global Institute.
  • OpenAI (2023). GPT-4 Technical Report. OpenAI.
  • Zhang, Q., Cheng, L., & Boutaba, R. (2010). Cloud Computing: State-of-the-Art and Research Challenges. Journal of Internet Services and Applications, 1(1), 7-18.

Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial na série “Diários da IA”

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