Em uma de suas palestras de Andrew Ng, um dos maiores especialistas em Inteligência Artificial, discutiu-se um tema que pode revolucionar a maneira como usamos IA: os fluxos de trabalho agentivos.
Em vez de um modelo de interação onde a IA responde a uma pergunta de maneira direta e pontual, como estamos acostumados, a proposta de fluxos agentivos traz uma abordagem mais iterativa e profunda, onde a IA passa a executar tarefas de forma mais autônoma, quase como um “pensador independente”.
Esta mudança, apesar de parecer técnica, abre grandes oportunidades para empresas que buscam inovar e se destacar.
Abaixo, detalho os pontos principais dessa abordagem e explicar por que ela é importante para quem quer se manter na vanguarda da transformação digital.
Uma das descobertas mais surpreendentes foi que, ao utilizar um fluxo de trabalho agentivo, um modelo de IA mais simples, como o GPT-3.5, superou até mesmo um modelo mais avançado, como o GPT-4, em alguns casos. Isso porque o modelo, ao ter várias oportunidades de revisar e corrigir suas respostas, alcança uma precisão que seria impossível em um fluxo não-agentivo.
Esse achado é importante para as empresas, pois mostra que não é sempre necessário investir nas soluções mais caras e avançadas para obter bons resultados com IA. Com uma abordagem agentiva, é possível extrair o máximo até mesmo de modelos mais simples, reduzindo custos e otimizando recursos
Temos quatro padrões de design que tornam os fluxos agentivos mais eficazes. Esses padrões são como “boas práticas” para que a IA possa trabalhar de forma mais inteligente e eficiente. São eles:
Destaco que, para aproveitar ao máximo os fluxos agentivos, precisamos mudar nossa expectativa de tempo de resposta. Ao contrário das respostas instantâneas, comuns na interação com IA, fluxos agentivos podem demorar minutos, ou até horas, dependendo da complexidade da tarefa. Essa paciência é recompensada com uma resposta muito mais detalhada e precisa.
Outra vantagem é que, ao adotar esses fluxos de trabalho, empresas podem economizar recursos: modelos mais simples, operando com o raciocínio agentivo, podem competir com modelos de IA mais sofisticados.
Para empreendedores e líderes empresariais, a adoção dos fluxos de trabalho agentivos em IA é uma oportunidade de estar na vanguarda da inovação.
Aqui estão alguns passos práticos para começar a explorar essas possibilidades:
A abordagem agentiva em IA representa uma mudança significativa na maneira como a tecnologia pode contribuir para os negócios. Empresas que se anteciparem e explorarem essa metodologia estarão melhor posicionadas para inovar e atender demandas complexas do mercado, construindo operações mais eficazes e sustentáveis.
Portanto, é hora de ir além do “básico” e considerar a IA como uma parceira ativa na solução de problemas e na criação de valor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial na série “Diários da IA”
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