Ao longo de décadas investindo em negócios, aprendi que a tecnologia, por mais fascinante que seja, precisa estar a serviço do negócio e não o contrário. Recentemente, um artigo de Cobus Greyling chamou minha atenção ao destacar exatamente este ponto em relação à Inteligência Artificial (IA).
Muitos líderes empresariais hoje enfrentam um paradoxo: apesar dos investimentos expressivos em IA, poucos percebem retornos financeiros realmente significativos. A McKinsey chama isso de “paradoxo da IA Gen”. A razão disso é clara: a tecnologia tem sido adotada de forma genérica, exigindo que as pessoas constantemente se adaptem às suas limitações.
Em outras palavras, estamos colocando a carroça na frente dos bois.
Para mim, a boa tecnologia é aquela que se adapta à realidade prática dos negócios, melhora processos e claramente aumenta a rentabilidade. Greyling sugere um caminho certeiro para isso: migrar do paradigma atual de “Usuário Centrado em IA” para “IA Centrada no Usuário”.
Na prática, isso significa ter sistemas de IA que sejam flexíveis, intuitivos e que realmente contribuam para o resultado final do negócio.
Os agentes de IA ilustram bem essa abordagem prática. Esses sistemas especializados são projetados para executar tarefas específicas com eficiência e eficácia. Diferentemente dos grandes sistemas generalistas, esses pequenos agentes são capazes de entender profundamente o negócio, oferecendo suporte assertivo e pragmático.
Mas atenção: implementar essa estratégia não é apenas uma questão técnica, é também cultural e organizacional. Os líderes precisam garantir que suas equipes compreendam e confiem na tecnologia. A transparência e a clareza são fundamentais.
Orientações práticas para líderes empresariais:
A tecnologia deve servir ao negócio, não o contrário.
Adotando uma abordagem estratégica e pragmática em relação à IA, você garantirá que seus investimentos tecnológicos se convertam em retornos concretos e sustentáveis para sua empresa.
REFERÊNCIAS:
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”
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