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Empoderamento Masculino: A Recíproca é Verdadeira - Parte 1

Veja mitos e dados sobre o empoderamento masculino. Em uma contextualização sobre sua origem histórica e abordagem equilibrada para compreender e sobre a verdadeira igualdade de gênero.

Se você é mulher e está furiosa comigo por conta desse título, respire e se acalme; eu explico.

O movimento de empoderamento feminino é tão atual e legítimo que eu jamais ousaria questionar ou destituí-lo da sua legitimidade.

Um movimento paralelo e mal interpretado, no entanto, tem crescido na mesma proporção e tem trazido à tona um feminismo exacerbado, por uma parcela de mulheres que tentam provar que as mulheres são melhores que os homens, ou que os homens são “seres horríveis”.

Em vista disso, alguns pontos precisam ser levados em consideração quando nos posicionamos e emitimos opiniões sobre o tema.

Vejamos, por exemplo, a informação de que o percentual de homens vítimas de violência doméstica é infinitamente maior que o de mulheres.

Com base nas informações dos Mapas da Violência, que é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), o homicídio é um tipo específico de mortalidade por causa externa

Total de homicídios: 52.970;

  • Total de homens mortos: 48.493 (≈ 91,5% do total);
  • Total de mulheres mortas: 4.477 (≈ 8,5% do total).

Mortes por violência doméstica:

  • 14,3% do número total de homicídios de homens: 0,143 x 48.493 = 6.934
  • 41% do número total de homicídios de mulheres: 0,41 x 4.477 = 1.836
  • Total: 6.934 + 1.836 = 8.770

Ou seja, esse cálculo revela que aproximadamente 7 mil homens são mortos por violência doméstica, contra aproximadamente 2 mil mulheres.

Contextualização Histórica

Para compreender esses fenômenos, afastando qualquer julgamento ou juízo de valor, quero trazer à tona um pouco do contexto histórico e antropológico que formataram tais comportamentos.

Numa perspectiva evolucionista, o começo do processo de humanização era cercado de mistérios, mitos e lendas. Como não entendia os fenômenos da natureza, o homem pré-histórico explicava as coisas a partir de achismos e deduções.

Apenas como exemplo, os primeiros homens achavam que durante a noite, alguém misterioso transportava o sol do poente para o nascente, para que ele pudesse nascer de novo; que os trovões eram deuses irados e que, se andassem até o alto da montanha, poderiam tocar o céu.

Nesse mesmo período, os homens endeusavam as mulheres, pois elas tinham um poder mágico de gerar outra vida dentro de si. Os primitivos não estabeleciam uma relação de causa e efeito entre o ato sexual e o nascimento. Copulavam sempre que tinham desejo, mas não associavam esse fato ao nascimento de um novo ser.

Quando da descoberta e do estabelecimento da relação entre sexo e nascimento, surgiram os primeiros movimentos machistas com a seguinte conclusão: “Então não são elas que geram a vida, somos nós que colocamos a semente lá dentro, as fêmeas apenas guardam e expelem um tempo depois!”

Obviamente, o texto se encontra simplificado nesta publicação. Maiores detalhes podem ser observados no meu livro que é fruto de pesquisa de mestrado “Sexualidade e Evolução Humana”, da editora Alternativa.

O machismo estava instalado e as mulheres foram subjugadas e reduzidas a “procriar”, com o lema “o lugar da mulher é na cozinha”.

No final do século XIX, começa a nascer um movimento de mulheres que lutavam por melhores salários e condições de trabalho, e desde então estamos assistindo e contribuindo com esse movimento.

Ocorre que, paralelo a esse movimento, existe uma ala que luta pelo feminismo extremo, assim como fizeram os homens do começo da humanidade que lutaram pelo machismo extremo. Ou seja, nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Humanidade, Diferenças e Equidade

É necessário ter compreensão dos fatos. É necessário pesquisa e, acima de tudo, humanidade.

Somos todos seres humanos, alguns com ancas largas, dotadas de útero e biologicamente preparados para gerar a vida dentro de si, outros com ombros largos, biologicamente preparados para a força.

Homens apresentam uma maior concentração de andrógenos, como a testosterona, diferentemente da mulher, que possui uma maior concentração de estrógeno.

O processamento de informações, a quantidade de glóbulos vermelhos e tantas outras diferenças nos fazem completamente iguais. Ou seja, ninguém é melhor do que ninguém, somos diferentes e, por isso mesmo, especiais.

Abaixo o machismo que subjuga as mulheres. Abaixo o feminismo que tenta mostrar que as mulheres são melhores que os homens. Vamos empoderar homens e mulheres para que todos entendam que somos uma única espécie humana e que, portanto, precisamos viver em harmonia.

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Magna Tessaro Barp

Presidente do Instituto Humaniza

Escritora, empreendedora, palestrante e produtora cultural.

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Magna Tessaro Barp

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Escritora, empreendedora, palestrante e produtora cultural.

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