SC possui uma estrutura produtiva diversificada, com forte integração entre Agropecuária, Indústria e Serviços. O resultado é significativo, dada a persistência de desafios globais e domésticos, como juros elevados, incertezas fiscais e tensões políticas.
A Agropecuária registrou safra recorde no país, com destaque para grãos como soja, milho, arroz e fumo, impulsionando elos industriais e de serviços ligados à produção agrícola. Os Serviços também mantiveram desempenho positivo, enquanto a Indústria avançou de maneira mais moderada. O custo elevado do crédito reduziu o ímpeto do consumo e postergou investimentos, especialmente no setor industrial.
“O resultado apresentado confirma a força da nossa economia, sustentada pela diversidade produtiva e pela capacidade de adaptação das empresas catarinenses, diante de um ambiente econômico desafiador. Temos todo o apoio do Governo do Estado, empresas inovadoras e uma mão de obra altamente qualificada. Nosso compromisso é continuar criando condições para que esse dinamismo se transforme em mais investimentos, emprego e renda para a população”, afirmou o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.
A Seplan lançou o último Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais do ano, com os dados e estimativas de 2025. A publicação analisa em profundidade a realidade, desafios e perspectivas do cenário catarinense, nacional e internacional, sob a visão dos economistas Paulo Zoldan, da Seplan, e Andréa Castelo Branco, da Epagri/Cepa. Além disso, Paulo Zoldan apresenta dados, indicadores e projeções de cada setor da economia.
Além de desafios nacionais, no cenário externo o ambiente permaneceu desafiador na maior parte do ano. A persistência da guerra na Ucrânia, o agravamento das tensões no Oriente Médio e a ofensiva tarifária dos Estados Unidos elevaram o protecionismo comercial e a volatilidade nos mercados. Embora SC tenha registrado desaceleração ao longo do ano, a exemplo de outros territórios, o desempenho permanece entre os mais elevados do País.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCR) projeta crescimento de 5,4% para Santa Catarina, no período de 12 meses encerrados em setembro. Ou seja, um resultado superior ao estimado pela Seplan e o segundo maior entre as 13 unidades federativas analisadas.
De acordo com as estimativas da Seplan, os setores industriais e de serviços, ainda que tenham desacelerado, tiveram um crescimento robusto no período. Em suma, no setor de Serviços o crescimento estimado foi de 4,3% em 12 meses encerrados em setembro. Na Indústria, o avanço foi de 3,2%, com alta de 4,2% na Indústria de transformação, setor estratégico em qualquer economia.
O setor da Agropecuária registrou significativa retomada em 2025, após um 2024 marcado por eventos climáticos adversos. O índice de quantum da Agricultura subiu 21% nos 12 meses até setembro, impulsionado por culturas como soja, milho, arroz, feijão, cebola, banana e maçã. Ademais, na Pecuária o quantum da produção avançou 2,9% no período, com crescimento de 3,4% na Avicultura e de 4,4% na produção de leite, segundo a Epagri/Cepa.
Cabe ressaltar, contudo, que houve perda de fôlego da economia entre junho e setembro. A maior desaceleração ocorreu na indústria de transformação. Na fabricação de Produtos de madeira, por exemplo, a desaceleração ocorreu principalmente pelo impacto direto da queda das importações dos Estados Unidos após a aplicação de tarifas ao setor. A retirada parcial de tarifas adicionais pelos EUA em novembro abre uma janela para recomposição das exportações brasileiras em segmentos específicos.
Fonte: Por Seplan | ASCOM
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