Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, irão realizar um experimento inovador. Eles querem imprimir um coração humano em 3D e transplantá-lo em um porco. O objetivo é verificar se o órgão poderia funcionar normalmente, abrindo espaço para um leque de oportunidades na área dos transplantes de órgãos.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford recebeu um contrato federal dos Estados Unidos no valor de US$ 26,3 milhões, cerca de R$ 130 milhões. O objetivo é imprimir corações humanos funcionais em 3D e implantá-los em porcos vivos, para testar a viabilidade do procedimento.
Os pesquisadores planejam usar um banco automatizado de biorreatores para cultivar todos os tipos de células necessárias para produzir um coração humano, incluindo cardiomiócitos ventriculares e atriais, que são responsáveis pela contração do coração enquanto ele bate; células nodais que produzem sinais elétricos e atuam como marca-passos naturais; células que formam as fibras de Purkinje, que conduzem esses sinais elétricos; células musculares lisas; células imunes chamadas macrófagos; e as células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos.
Esses coquetéis de células poderiam então ser alimentados em uma bioimpressora para atuar como a “tinta” para imprimir corações humanos em pleno funcionamento em 3D.
A equipe diz que esses biorreatores serão capazes de produzir essas várias células aos bilhões, o suficiente para imprimir um coração a cada duas semanas. Esses órgãos serão executados no laboratório para melhorá-los e prepará-los para eventuais testes em porcos vivos.
Segundo os pesquisadores, eventuais testes em humanos provavelmente ainda estão muito longe de se tornar realidade. Mas os experimentos em porcos são o primeiro passo para provar que a bioimpressão de novos órgãos a partir das nossas próprias células é possível.
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