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“Libélula robótica” da NASA recebe sinal verde para voar para maior lua de Saturno

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Ilustração da missão Dragonfly em Titã (Crédito: NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben)

Esta semana, a NASA anunciou que recebeu sinal verde para enviar um módulo de pouso semelhante a uma libélula robótica para explorar Titã, a maior das 145 luas de Saturno.

Segundo um comunicado da agência, o projeto final da missão Dragonfly, que será lançada em julho de 2028, está em fase de conclusão. 

Sobre a libélula robótica da lua Titã:

  • A missão Dragonfly consiste em um helicóptero movido a energia nuclear com quatro pares de pás duplas, com cerca de um metro de diâmetro cada, e pesando cerca de 450 kg;
  • O drone irá voar numa velocidade média de 36 km/h, realizando periodicamente voos distantes do seu local de pouso, conseguindo voar vários quilômetros entre diferentes pontos de interesse;
  • Um instrumento chamado Broca para Aquisição de Organismos Complexos (DrACO), presente no equipamento, vai coletar pequenas amostras da superfície da lua Titã;
  • As amostras serão analisadas por outro instrumento, o Espectrômetro de Massa Dragonfly (DraMS), responsável por identificar a composição química delas;
  • O objetivo é detectar “processos químicos prebióticos comuns em Titã e na Terra primitiva antes que a vida se desenvolvesse”.
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Ilustração artística 3D mostra o conceito do drone robótico Dragonfly, projetado pela NASA para estudar a lua Titã, de Saturno. Imagem: NASA/JHU-APL

“O retorno de amostras de Marte tem sido um grande objetivo de longo prazo da exploração planetária internacional nas últimas duas décadas. O rover Perseverance está coletando amostras científicas convincentes que ajudarão os cientistas a entender a história geológica de Marte, a evolução de seu clima e a se preparar para futuros exploradores humanos. A devolução das amostras também ajudará a procurar sinais de vida antiga.”

NASA, em comunicado.

Se tudo correr conforme o planejado, o drone de oito rotores está programado para chegar a Titã em 2034, onde voará para dezenas de “locais promissores” para avaliar a habitabilidade do ambiente e caçar quaisquer sinais de que a vida já existiu na lua rica em orgânicos. 

A atmosfera mais densa daquele corpo (cerca de quatro vezes a da Terra) ajudará a aeronave a “saltar” até oito quilômetros uma vez por dia inteiro de Titã (16 dias terrestres).

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Representação artística da lua Titã orbitando Saturno. Crédito: buradaki/Tristan3D – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Dragonfly vai voar mais em Titã do que qualquer rover da NASA já percorreu em Marte ou na Lua

Espera-se que a libélula robótica cubra mais de 174 km ao longo de toda a missão de 32 meses – área maior do que todos os rovers da NASA em Marte e na Lua juntos. A agência estima que o drone terá um custo total de ciclo de vida de US$3,35 bilhões (cerca de R$17,4 bilhões) – quase o dobro do gasto previsto quando o projeto foi anunciado, em 2019.

“A Dragonfly é uma missão científica espetacular com amplo interesse da comunidade, e estamos entusiasmados em dar os próximos passos. Explorar Titã ultrapassará os limites do que podemos fazer com helicópteros fora da Terra.”

Nicky Fox, administrador associado da Diretoria de Missão Científica da NASA

O anúncio da autorização para a missão Dragonfly foi feito junto com uma despedida do Ingenuity, o helicóptero de Marte que agora acaba de fazer a última transmissão para a Terra após um voo derradeiro em janeiro. No entanto, de alguma maneira, ele ainda continuará trabalhando no Planeta Vermelho. Saiba mais aqui.

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