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MIDITEC 25 anos parte III: modelo de desenvolvimento empreendedor ganha os polos de TI em Santa Catarina

Na última parte da série especial, destacamos como a metodologia que ajudou a formar gerações de empreendedores está sendo replicada pelo estado. Como visão de futuro, um dos próximos passos é a nacionalização da incubadora. 

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Foto: Divulgação MIDITEC

Depois de mais de duas décadas como uma referência no ambiente de tecnologia em Florianópolis, ao apoiar a formação de gerações de empreendedores, a incubadora MIDITEC (gerenciada pela ACATE e com recursos do Sebrae/SC) deu um passo rumo à estadualização de sua metodologia. O primeiro passo foi em 2021, com a Softville, tradicional incubadora de Joinville, criada em 1995 e que foi o berço de importantes startups como Transfeera, Treasy, A2C, TiFlux, YAK Tratores, entre outras. 

“Uma incubadora também é uma comunidade. Desenvolver conexões faz os participantes evoluírem mais rápido do que se estivessem sozinhos. O ideal é sempre entregar mais, apoio, conhecimento e por isso as incubadoras precisam de apoio para a sustentabilidade financeira – se há um trabalho em rede, faz muito sentido pois isso gera mais benefícios não só aos empreendedores como também aos gestores de incubadoras”, opina Pedro Shioga, coordenador executivo da Softville.

Ele enumera seis razões pelas quais a participação em uma rede de incubadoras traz benefícios aos participantes: 

  1. COMPARTILHAR BOAS PRÁTICAS ENTRE OS GESTORES 

O trabalho em rede economiza tempo e dinheiro, além de melhorar os resultados, pois estamos sempre em contato; 

  1. COMPARTILHAR OS CONHECIMENTOS 

Isso reduz a ansiedade dos gestores. As outras unidades se identificam e debatem problemas – falar ajuda bastante; 

  1. REDE ATRAI VISIBILIDADE

A ACATE ajuda a dar histórico e credibilidade, especialmente para os gestores captarem patrocínios, eventos e outras formas de receita e ações;

  1. SOMAR ESFORÇOS E DIVIDIR TRABALHO

O que cada incubadora tinha que fazer por sua conta hoje é compartilhado, como o processo seletivo, que era feito individualmente e agora é compartilhado entre toda a rede. Isso ajuda as incubadoras a concentrar esforços não seu core business;  

  1. COMPARTILHAR MODELOS REDUZ INSEGURANÇA

Com uma metodologia unificada, e validada, os incubados sentem-se mais seguros com relação ao processo de desenvolvimento e há menos questionamento – novamente, um ganho de foco às incubadoras;

  1. UMA COMUNIDADE MAIOR TRAZ DISCUSSÕES MAIS RICAS

Mais palestrantes, empreendedores, negócios, cases, tudo ajuda a fortalecer esse movimento. 

Mais palestrantes, empreendedores, negócios, cases, tudo ajuda a fortalecer esse movimento. 

Os resultados positivos motivaram a expansão do modelo e a criação da Rede MIDITEC para, além de Joinville, as cidades de Blumenau (Gene), Lages (Épsilon), Chapecó (IncTech), Brusque (Citi), Rio do Sul (Gtec) e Araranguá (Aratec), além de modelos de incubadoras especializadas/temáticas como o Sebraehub. 

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“Uma incubadora também é uma comunidade. Desenvolver conexões faz os participantes evoluírem mais rápido do que se estivessem sozinhos”, avalia o coordenador da Softville, Pedro Shioga.

“O MIDITEC não é mais dono da metodologia, ela pertence ao grupo”, resume Iomani Engelmann, presidente da ACATE. Ele credita à troca de boas práticas esse sucesso do modelo da rede. Todas as segundas-feiras são realizadas reuniões de squad entre os gestores, que compartilham demandas e necessidades. “Percebemos a importância de colocar os gestores no centro das decisões estratégicas. Avaliamos a particularidade de cada ecossistema, damos suporte à implantação da metodologia, aos avanços e desafios”. 

Ao apoiar a sustentabilidade das incubadoras regionais, a rede cumpre também uma função sócio-econômica, atesta Shioga, da Softville: “é papel das incubadoras ajudar negócios em estágios iniciais, que não têm condições de contratar consultorias, por exemplo. Para a região, isso é muito importante como fomento ao empreendedorismo, à atração de talentos e à conexão com as universidades. Mas o modelo de negócio tradicional de cobrar taxa pelo uso do espaço não é mais viável – por isso a importância da atuação em rede”. 

O que vem pela frente?

Passados 25 anos, os desafios são outros e as necessidades das startups são muito diferentes. O estado de Santa Catarina também mudou, de modo que a maturidade dos empreendimentos, o preparo dos empreendedores e a quantidade de projetos são muito superiores quando comparados ao passado.

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Além de SC e do Brasil: MIDITEC busca conexões para atuação nacional e gerar também conexões das incubadas ao mercado global.

Como ressalta o diretor executivo da ACATE, Gabriel Sant’Ana, “o MIDITEC agora é uma comunidade estadual, que trabalha em rede para fomentar negócios em todas as regiões. Com a consolidação da metodologia, crescerá muito o número de startups atendidas pelas incubadoras a partir de 2023. Além disso, novas incubadoras estão sendo selecionadas para integrar a rede. A nacionalização da metodologia também está sendo planejada, a fim de levar essa experiência a incubadoras de todo o país”. 

A internacionalização das startups é um dos próximos passos, com a criação de conexões e parcerias globais para que a inovação brasileira alcance diversos outros mercados. “Os valores da colaboração, do pertencimento e do give-back formam esse alicerce sólido que sustenta as sucessivas gerações, que criam negócios de sucesso e preparam o ambiente para os próximos empreendedores”, resume o diretor.

Como atesta o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, “é um orgulho de ser parceiro e mantenedor desde a criação da incubadora, que foi fundamental no processo de consolidação do ecossistema de inovação de Santa Catarina. Essa iniciativa tem uma metodologia tão assertiva, que nos últimos quatro anos passamos de uma incubadora para quase dez. Foram centenas de startups catarinenses que se graduaram e se desenvolveram com o apoio do MIDITEC. A história, que acaba de completar 25 anos, está apenas começando”.

Fonte: Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa 

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