Você sabe o que são chips de inteligência artificial? Além disso, qual a diferença para chips convencionais? O que eles são capazes de fazer e quais os seus diferentes usos? Continue a leitura e entenda todas essas questões sobre os revolucionários e também polêmicos chips de IA.
A AMD e a Intel já declararam que apostam nesses chips para PCs com IA. Essas duas gigantes querem desafiar a hegemonia dos chips fabricados pela Nvidia, dominante do mercado até então. Esses chips são apontados como a peça que falta para que os limites dos sistemas de infraestrutura de IA atinja o próximo nível, “quase” sem limites para continuar crescendo.
Com o avanço rápido da tecnologia no campo da inteligência artificial, surgiram chips de inteligência artificial para PC, mas o quê exatamente eles são? Como funcionam? E que vantagens eles oferecem em relação aos chips para PC comuns? Confira isso e muito mais a seguir.
Primeiramente, o que são? Chips de inteligência artificial são unidades centrais de processamento (em inglês, CPU) que possuem uma unidade de processamento dedicada às funções que uma IA possui, sem a necessidade de um sistema de nuvem. Assim, todos os processos são realizados dentro do dispositivo onde o chip está instalado, sem a necessidade de uma conexão externa.
Como dito anteriormente, estes chips apresentaram as mais variadas aplicações, por exemplo, devolver os movimentos a pessoas com as mais diversas paralisias.
Em 2023, um homem chamado Keith Thomas sofreu um acidente em sua piscina, quebrando o pescoço e ficando tetraplégico. Realizaram uma cirurgia onde implantaram em seu cérebro microchips com uma IA que interpretava os impulsos neurais de seu cérebro e traduzia-os em comandos para seu sistema locomotor, ele recuperou seus movimentos, ou seja, os chips de IA devolveram os movimentos a este homem.
Porém, a conexão dos chips com o cérebro humano também levanta polêmica. Cientistas alertam para os projetos que objetivam o aprimoramento da mente baseado em IA. A psicóloga cognitiva Susan Schneider, comentando os investimentos da empresa Neuralink, startup de Elon Musk, declarou ao jornal Financial Times que isso pode significar “suicídio para a mente humana”. Isso porque uma integração total pode significar que, em certo momento, a atividade neural humana seja afetada pela IA, “matando assim o indivíduo”.
Outro uso seria reduzir os riscos de ter seus dados roubados usando IAs, isso se dá, pois como a IA está integrada no chip de processamento do seu dispositivo, não é necessário enviar tantos dados para a nuvem, fazendo com que eles estejam muito mais seguros, não sendo transportados por aí.
O iPhone X, por exemplo, já possui esta tecnologia integrada, possuindo até processamento de imagem alimentado por IA, fazendo com que a placa gráfica possa trabalhar menos, aumentando o desempenho do dispositivo.
Atualmente, várias empresas como as já citadas na matéria estão correndo atrás deste mercado, mas podemos destacar algumas delas como Nvidia, particularmente reconhecida como destaque nesse segmento. A AMD, importante produtora de chips convencionais, ao lado da Nvidia são as duas que dominam o mercado de semicondutores, outra empresa que busca conquistar este mercado é a Samsung Electronics, recebendo investimentos nesta área desde 2000.
A aplicação dos chips de IA tem crescido rapidamente, Ray Kurzweil, diretor de engenharia do Google, afirma que, até 2045, nosso cérebro pode estar funcionando de maneira similar à tecnologia em nuvem. Uma coisa é certa, o avanço tecnológico da IA deve acontecer de forma ordenada e segura, de forma que não percamos o controle sobre aquilo que criamos.
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