O relatório mensal de Venture Capital produzido pelo Distrito, plataforma especializada em projetos de implementação de IA para corporações na América Latina, registrou 42 rodadas de investimentos, totalizando um montante de US$ 555,4 milhões, o maior volume do ano. O resultado de outubro foi puxado pela captação da fintech catarinense Asaas.
O resultado do mês passado representou uma alta de 27% sobre o mesmo período do ano passado, quando as startups levantaram US$ 437,2 milhões em 70 deals.
Outro destaque do mês foi o Brasil, que andava perdendo espaço para mercados como México e Colômbia. Os investimentos no país totalizaram US$ 355,1 milhões em 25 rodadas mapeadas, o que representaram 59,5% das rodadas e 63,9% do volume investido.
“A captação da Asaas é a maior realizada este ano na América Latina. Apesar de esse volume distorcer um pouco os dados gerais, a rodada mostra que existe apetite dos investidores em desembolsar cheques maiores em histórias que façam sentido na região. Esse investimento também mostra a força do segmento fintech na região”, explica Gustavo Gierun, co-founder e CEO do Distrito.
Durante o mês, o pre-seed registrou 26 deals com US$ 26,9 milhões e o early stage (Seed e Série A) teve 12 rodadas e US$ 73,7 milhões. Já o Late-Stage contabilizou 4 rodadas e US$ 280 milhões em aportes. O private equity entrou em apenas 1 rodada de US$ 150 milhões.
Os setores das startups com maior nível de captação foram as fintechs com US$ 399,7 milhões. Em seguida, o segmento de agronegócio atingiu US$ 53 milhões. Por fim, as foodfechs, com US$ 51 milhões que superaram pelo segundo mês consecutivo áreas tradicionais de maiores investimentos, como as healthtechs.
O estudo também ressalta as atividades de fusões e aquisições, que apontaram 13 M&As realizados no ecossistema latino-americano de startups, sendo 10 aquisições e 1 fusão.
O valor está semelhante ao número do ano passado, que registrou também 13 transações, e inferior também à média mensal deste ano, que é de 16 M&As.
As aquisições foram principalmente de fintechs (5) e deeptechs (2), que têm aparecido de forma recorrente como um dos setores mais adquiridos do ano devido ao impulso da inteligência artificial (IA).
Fonte: Economia SC / Ana Paula Dahlke
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