Crátons são, em essência, as estruturas geológicas mais antigas e estáveis da Terra. Imagine-os como pilares que sustentam continentes. Mas até eles eventualmente perdem estabilidade, num processo de “decratonização”. Por que? Ainda não se sabe exatamente. Mas um estudo oferece respostas prováveis.
Antes, acreditava-se que a espessura da litosfera (crosta combinada com a parte superior do manto) dos crátons os protegia de forma quase permanente contra a erosão causada por plumas do manto. No entanto, a pesquisa sugere que a espessura da litosfera não é suficiente para proteger os crátons. Isso porque outros fatores, como a subducção, podem interferir.
O estudo, publicado no periódico Nature Geoscience, aponta a subducção (deslizamento de uma placa tectônica para debaixo de outra) em laje plana, seguida de retrocesso, como um dos principais processos que causam a “decratonização”.
Como o estudo foi feito: os pesquisadores criaram 26 modelos que mostram um processo em várias etapas, no qual grandes áreas foram afetadas. Isso gerou uma cunha de manto, permitindo uma espécie de reciclagem de rochas.
O que os pesquisadores descobriram: crátons localizados perto de zonas de subducção são mais vulneráveis à desestabilização do que aqueles situados no interior dos continentes.
O Monte Everest fica mais (um pouquinho) mais alto a cada ano. Nos últimos 89 mil anos, a altura da montanha cresceu de 15 a 50 metros. Pelo menos, é o que aponta um estudo divulgado recentemente.
Esses metros extras no Monte Everest podem ser atribuídos a um evento relativamente raro de “captura de rio” que ocorreu há 89 mil anos, de acordo com os modelos computacionais dos autores.
Fonte: Olhar Digital / Por Pedro Spadoni
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