Esta semana está bastante movimentada para os astros no céu. Depois da aproximação da Lua com o Sol na segunda-feira (2), da conjunção entre ela e Vênus na quarta (4), do “desaparecimento” de Mercúrio e do “chega mais” de Júpiter com a Terra nesta manhã, mais dois planetas vão participar dessa dança cósmica: Marte e Netuno.
Após Marte iniciar o chamado “movimento retrógrado” na noite desta sexta-feira (6), Netuno finalizará o seu no sábado (7). Exatamente: não é apenas Mercúrio que passa por isso (embora seja o mais falado, já que é o planeta que fica retrógrado mais vezes no ano devido à sua órbita mais curta em torno do Sol).
Quando se diz que um planeta entrou em movimento retrógrado, isso significa que ele está começando um processo pelo qual seu trânsito normal para o leste através do céu noturno é interrompido, mudando a trajetória para oeste. Por sua vez, quando a direção habitual é retomada, costuma-se dizer que o planeta terminou o movimento retrógrado (ou saiu dele).
Para a astronomia, no entanto, a designação mais adequada é “laço” retrógrado – porque, durante o curso percorrido, o planeta parece formar um laço no céu.
De acordo com o guia de orientação astronômica In-The-Sky.org, a inversão de direção do Planeta Vermelho começará às 20h32 (pelo horário de Brasília). Ele, então, retoma o sentido normal no dia 23 de fevereiro de 2025. Quase 24 horas mais tarde, Netuno, que ficou retrógrado em 16 de junho, volta a transitar para o leste.
Ainda segundo a plataforma, essa inversão de direção é um fenômeno pelo qual todos os planetas do Sistema Solar passam periodicamente. No caso daqueles cujas órbitas são mais externas que a da Terra (Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), isso se dá poucos meses depois de passarem pela oposição, que é quando eles estão do lado oposto do Sol em relação ao nosso planeta (que fica entre os dois corpos celestes).
O colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), explica que o “movimento retrógrado” dos planetas é apenas ilusório e é causado pelo curso da Terra em torno do Sol.
Segundo Zurita, à medida que ela circunda o astro, nossa perspectiva muda, e isso faz com que as posições aparentes dos objetos celestes se alterem de um lado para o outro no céu, o que se sobrepõe ao movimento de longo prazo do planeta em direção ao leste através das constelações.
“Por estar em uma órbita mais interna e, consequentemente, mais rápida, a Terra ultrapassa Marte a cada dois anos aproximadamente. E quando isso acontece, Marte parece estar caminhando no sentido contrário no céu por alguns dias. Isso ocorre com todos os planetas com órbitas mais externas à Terra. No caso de Netuno, o período é de 13 meses, mais ou menos”, descreveu. Quanto mais longe do Sol, mais tempo um planeta fica retrógrado.
A animação abaixo ilustra isso, com a flecha mostrando a linha de visão da Terra para um planeta, e o diagrama à direita mostrando o aparentemente movimento do objeto através do céu pela nossa perspectiva de visão.
Os resultados também sugerem que a elevação do planalto e a formação da bacia estão interligadas por meio de uma remoção litosférica em diferentes estágios. “A subsidência da bacia ocorre ao mesmo tempo que a elevação do planalto”, afirma Andersen.
Fonte: Olhar Digital / Por Flavia Correia
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