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Previsão do tempo está passando por uma transição revolucionária; entenda

Big techs estão treinando inteligências artificiais; cientistas afirmam que método será mais barato, rápido e eficaz

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Imagem: Aree_S/Shutterstock

Há aproximadamente 5 anos, treinar uma Inteligência Artificial para fazer a previsão do tempo era apenas uma ideia no papel. Hoje, porém, a história é diferente. As principais empresas de tecnologia do mundo estão prestes a lançar programas específicos para isso. E eles prometem ser muito bons.

Com todo o respeito aos meteorologistas, que são excelentes profissionais, que estudam muito e que possuem métodos científicos próprios, mas a IA tende a revolucionar esse mercado. A ideia inicial não é acabar com a profissão deles, mas sim dar uma ferramenta a mais.

Agências nos Estados Unidos e na Europa já começaram a fazer testes operacionais usando a máquina. E as big techs devem entrar com tudo nesse ramo.

Em maio, por exemplo, a Microsoft lançou uma ferramenta de previsão chamada Aurora. Ela produz relatórios globais sobre poluição do ar, além de previsões meteorológicas de 10 dias. Sabe o mais incrível? A Aurora faz isso 5 mil vezes mais rápido do que os modelos atuais utilizados pela National Oceanic and Atmospheric Administration e pelo European Center for Medium-Range Weather Forecasts.

Google também tem uma “IA do tempo” para chamar de sua. O GraphCast faz previsão meteorológicas para 10 dias em apenas 1 minuto! O anúncio da criação ocorreu em novembro do ano passado.

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O GraphCast é uma das novas ferramentas que devem estrear no mercado nos próximos meses – Imagem: Reprodução/Google DeepMind

IA do tempo x métodos atuais

  • Por décadas, os meteorologistas usam equações para definir a previsão do tempo.
  • Essas equações descrevem a atmosfera, como a relação entre pressão do ar e vento predominante de uma região para outra, ou quão rapidamente as temperaturas mudam conforme as frentes frias se movem.
  • Esses dados são obtidos por meio de estações meteorológicas, balões de alta altitude, bóias oceânicas e satélites.
  • O número em si que chega para você é dado por um supercomputador que compila todas essas informações acima.
  • O problema é que pequenos erros na medição do clima ou nas contas podem levar a erros maiores da previsão.
  • Outro obstáculo é preço elevado de todo esse processo.
  • A IA, por sua vez, tendem a buscar padrões históricos em dados meteorológicos.
  • Os algoritmos de caça a padrões recebem décadas de dados meteorológicos e são treinados para prever o que acontecerá nos próximos dias.
  • No caso da Aurora, por exemplo, os pesquisadores treinaram a máquina com uma quantidade de dados 16 vezes maior do que a versão mais recente do ChatGPT.
  • A Microsoft espera disponibilizar sua IA publicamente nos próximos meses.
  • A ideia é permitir que mais pessoas, incluindo pesquisadores de agências de previsão do tempo, façam um test drive.

Você pode conferir mais informações sobre o Aurora da Microsoft neste outro texto do Olhar Digital.

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A Inteligência Artificial promete entregar resultados com mais agilidade – Imagem: Rodrigo Mozelli [gerado com IA]/Olhar Digital

A IA contra os eventos climáticos extremos

Vale destacar que a previsão do tempo vai muito além de você saber se vai ou não chover no próximo fim de semana para programar uma viagem para a praia.

O trabalho de agricultores, por exemplo, depende disso. Ou quem pesca em alto-mar. Ou ainda pessoas que vivem em regiões que sofrem com eventos climáticos extremos.

A Weather Company, dona do Weather Channel, assinou recentemente um acordo com a fabricante de chips Nvidia para desenvolver um programa global de previsão do tempo por IA que pode prever justamente esses eventos climáticos extremos, como tornados, furacões e tempestades.

O modelo de IA existente da empresa fornece uma indicação aproximada da força de uma tempestade que se aproxima, mas não fornece informações suficientes sobre a velocidade do vento. E isso a IA entrega.

O processamento mais rápido de dados tornará as previsões de IA mais precisas e detalhadas, segundo a companhia. E isso será cada vez mais importante, uma vez que o mundo está esquentando e o clima está bastante instável.

As informações são do The Wall Street Journal.

Fonte: Olhar Digital / Por Bob Furuya, editado por Bruno Capozzi 

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