Pesquisadores das universidades de Columbia e Nova York desenvolveram um novo dispositivo óptico subdural capaz de monitorar e estimular o cérebro de mamíferos com maior precisão, apontando para avanços importantes nas pesquisas sobre o sistema nervoso.
A tecnologia utiliza uma sonda óptica baseada em semicondutores de óxido de metal complementar (CMOS), descrita como fina, flexível e sem lentes, permitindo o acesso a áreas profundas do cérebro de maneira menos invasiva.
As tecnologias ópticas e optogenéticas vêm ganhando destaque nas pesquisas com mamíferos, permitindo aos neurocientistas direcionar populações específicas de neurônios com alta precisão.
Ao contrário das técnicas tradicionais baseadas em eletrodos, que monitoram ou estimulam a atividade elétrica no cérebro, os métodos ópticos oferecem vantagens significativas, como a capacidade de atingir distâncias maiores e cobrir áreas corticais mais amplas. Entretanto, o uso dessas técnicas geralmente exige equipamentos volumosos, como microscópios de mesa, dificultando sua aplicação.
Os testes iniciais com camundongos demonstraram resultados promissores, tanto na captação de imagens quanto na estimulação óptica do cérebro dos animais. Em seguida, o dispositivo foi testado em primatas não-humanos, onde foi utilizado para estudar a atividade neuronal no córtex motor.
Os pesquisadores conseguiram correlacionar os movimentos dos animais com a atividade cerebral, mostrando o potencial da tecnologia para decodificar informações como a velocidade do movimento.
O sucesso dos testes preliminares aponta para um futuro promissor no uso dessa tecnologia em estudos mais amplos. O dispositivo pode permitir que outros neurocientistas manipulem e monitorem com precisão a atividade de neurônios específicos de forma menos invasiva, contribuindo para novos avanços no entendimento do cérebro e na criação de novas terapias para doenças neurológicas.
Fonte: Olhar Digital / Por Ana Luiza Figueiredo
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