A raiva é uma doença infecciosa viral que, embora rara nos dias de hoje, ainda é uma ameaça mortal que afeta mamíferos, incluindo seres humanos. É causado pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, e caracteriza-se por uma encefalite progressiva e aguda com uma letalidade impressionante, próxima de 100%.
Neste editorial, exploramos essa condição perigosa, seus sintomas, diagnóstico, tratamento e, o mais importante, como prevenir a raiva.
Os sintomas da raiva podem ser iniciais e inespecíficos, o que torna o diagnóstico desafiador nos projetos iniciais. Os pacientes podem experimentar mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietação e sensação de angústia. É importante notar que esses sintomas podem ser facilmente confundidos com outros problemas de saúde.
À medida que a infecção da raiva progride, os sintomas se agravam. Os pacientes podem experimentar ansiedade crescente, febre, delírios e espasmos musculares involuntários generalizados, incluindo convulsões. Uma característica mais notável da raiva é a hidrofobia, em que espasmos musculares ocorrem ao tentar ingerir líquidos, devido à paralisia dos músculos da laringe, faringe e língua.
Esses espasmos podem evoluir para uma paralisia mais generalizada, afetando músculos necessários e causando sérias complicações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Outros sintomas incluem disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.
O diagnóstico da raiva em vida pode ser realizado através de métodos laboratoriais, como a imunofluorescência direta. No entanto, esses testes podem apresentar limitações em termos de sensibilidade, tornando a realização de autópsias uma ferramenta crucial para confirmação diagnóstica.
Para diferenciar a raiva de outras condições médicas com sintomas semelhantes, é essencial considerar a história do paciente, antecedentes epidemiológicos e vacinais, além da realização de um exame físico detalhado.
É importante notar que a raiva é quase sempre fatal uma vez que os sintomas aparecem. A melhor abordagem é a prevenção, por meio da vacinação pré ou pós-exposição. No entanto, em casos raros, o tratamento da raiva humana pode envolver a indução do coma profundo, o uso de antivirais e outros medicamentos específicos. É vital procurar assistência médica o mais rápido possível após uma possível exposição à raiva.
A prevenção é a chave para combater a raiva. Em caso de agressão por um animal, é crucial procurar atendimento médico imediatamente e limpar bem qualquer ferimento com água e sabão, aplicando um antisséptico.
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, diminuindo consequentemente o risco para os humanos. Evitar se aproximar de cães e gatos desconhecidos ou agressivos, assim como nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres, pode salvar vidas.
A raiva é uma ameaça silenciosa que não deve ser subestimada. A conscientização, a prevenção e a busca imediata por assistência médica são cruciais para combater essa doença mortal. Com educação e medidas de prevenção adequadas, podemos trabalhar juntos para manter a raiva sob controle e proteger a saúde de todos.
Fonte: Ascenda Notícias
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