O Ingenuity superou expectativas realizando 72 voos em Marte, e agora, a NASA busca novas formas de explorar o Planeta Vermelho. O voo em Marte é desafiador devido à baixa gravidade e à atmosfera extremamente fina. O Ingenuity, com suas lâminas de rotor de 1,2 metros, conseguiu voar interagindo com poucas moléculas de ar disponíveis.
O projeto Marsbee, desenvolvido pelo Kanglab da Universidade do Alabama em Huntsville (UAH), se inspira nas migrações de animais voadores.
“Animais voadores migratórios demonstram voos de longa distância impressionantes, desproporcionais aos seus tamanhos,”explica o Kanglab. “Por exemplo, as borboletas-monarcas (envergadura: 10 cm) voam 4.000 km da América do Norte até o centro do México, podendo voar em ar rarefeito a até 3.353 metros de altitude. O albatroz-errante (envergadura: 3,1 m) pode circunavegar a Antártica 2-3 vezes, cobrindo 120.000 km”.
O laboratório ainda destaca que, apesar de o mecanismo aerodinâmico de tais voos de longa distância serem desconhecidos, “estudos recentes mostraram que o uso de asas leves e flexíveis leva a movimentos de asa batendo energeticamente eficientes”, além de auxiliar no planar e no voo em atmosfera instável.
“Nossos resultados numéricos preliminares sugerem que uma abelha com asas de cigarra pode gerar sustentação suficiente para pairar na atmosfera marciana. Além disso, a energia necessária para a Marsbee será substancialmente reduzida ao utilizar estruturas de asas flexíveis e um mecanismo inovador de captação de energia.”
Chang-kwon Kang, professor associado da UAH, no site da NIAC
Fonte: Olhar Digital / Por Ana Luiza Figueiredo
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