Para setores intensivos em mão de obra, a IA representa tanto uma oportunidade quanto um desafio existencial. Empresas que abraçarem essa transformação poderão superar limitações históricas e redefinir sua competitividade
O impacto da IA na produtividade corporativa vai muito além da eficiência: ela redefine a dinâmica entre automação e especialização. Os setores mais dependentes de mão de obra, historicamente marcados por produtividade marginal decrescente, enfrentam riscos elevados frente à automação. Esses setores não apenas falham em escalar sua produtividade, mas também ficam vulneráveis à substituição por tecnologias exponencialmente mais eficazes.
SETOR DE SERVIÇOS VS. TECNOLOGIA
Empresas baseadas em mão de obra intensiva, como call centers e manufatura sob contrato, enfrentam quedas acentuadas de produtividade marginal à medida que crescem. Novos funcionários adicionam pouco valor incremental ao resultado final.
Em contrapartida, empresas como Nvidia e Tesla, orientadas por propriedade intelectual (IP) e automação, alcançam ganhos exponenciais de produtividade com menos funcionários.
O DECLÍNIO DA PRODUTIVIDADE MARGINAL E O RISCO PARA SETORES DE MÃO DE OBRA
À medida que as organizações baseadas em trabalho manual escalam, suas despesas fixas (salários, aluguel, treinamento) aumentam, enquanto a contribuição marginal de novos trabalhadores diminui. Isso cria um ciclo de baixa eficiência que limita o crescimento sustentável:
Em contraste, tecnologias habilitadas por IA podem operar 24/7, sem os custos fixos associados a humanos, e escalar exponencialmente à medida que aprendem e otimizam processos.
A automação intensiva por IA transforma radicalmente o panorama para setores de mão de obra intensiva, substituindo tarefas repetitivas e manuais por sistemas inteligentes. Isso não apenas reduz custos fixos, mas também melhora a agilidade operacional, convertendo despesas fixas em variáveis.
A TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
Além de impulsionar a produtividade, a IA permite que empresas reorganizem suas operações em torno de modelos mais enxutos e ágeis. Departamentos inteiros, antes essenciais, agora podem ser eliminados ou reduzidos com a integração de tecnologias avançadas.
Riscos e consequências:
A adoção de IA não é opcional — é uma necessidade estratégica para sobreviver e prosperar. No entanto, a transição deve ser feita com atenção ao impacto social e às oportunidades de requalificação de talentos.
AÇÕES RECOMENDADAS:
Em suma, para setores intensivos em mão de obra, o impacto da IA representa tanto uma oportunidade quanto um desafio existencial. Empresas que abraçarem essa transformação poderão superar limitações históricas e redefinir sua competitividade.
No entanto, o sucesso dependerá de uma abordagem balanceada, que combine eficiência tecnológica com responsabilidade social. Líderes que entenderem a disrupção como um catalisador de reinvenção terão o diferencial para prosperar neste novo paradigma.
A produtividade do futuro não será medida pelo número de trabalhadores, mas pela eficácia das tecnologias implantadas e pela criatividade humana que elas habilitam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial na série “Diários da IA”
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