Hoje, diversos frameworks competem pela atenção de empresas inovadoras. Uns prometem simplicidade radical, outros robustez, alguns apostam na velocidade e outros na profundidade. / Imagem
O mundo não muda de forma gradual, como acreditamos ingenuamente. Ele se move por saltos, grandes e silenciosos, que só enxergamos claramente ao olhar para trás.
Estamos agora diante de um desses momentos: a era “Agentic AI”, sistemas inteligentes com autonomia real para agir, decidir e se adaptar continuamente. A questão não é mais “se”, mas sim “como” você irá adotar esses agentes para se manter relevante.
Hoje, diversos frameworks competem pela atenção de empresas inovadoras. Cada um com seu próprio DNA: uns prometem simplicidade radical, outros robustez implacável; uns apostam na velocidade, outros na profundidade.
No outro extremo, estão os frameworks mais robustos, pensados para ambientes corporativos complexos: Microsoft Semantic Kernel e AutoGen. Esses sistemas trazem segurança e escalabilidade que grandes organizações exigem para evitar erros que custam milhões.
Há ainda o equilíbrio inteligente proporcionado por soluções como LangChain e LangGraph, que se encaixam na filosofia de quem prefere flexibilidade sem abrir mão da sofisticação. Estes frameworks permitem a criação de workflows modulares, adaptáveis e integráveis, onde diferentes agentes podem ser incluídos ou removidos conforme a necessidade.
Essa flexibilidade pode ser o maior diferencial estratégico em tempos de mudanças rápidas e imprevisíveis.
Mas, além da escolha técnica, há uma escolha filosófica e estratégica fundamental: adotar agentic AI implica reconhecer que você não controla mais tudo diretamente. Você delega confiança a sistemas que vão aprender, errar e melhorar de forma autônoma.
Essa delegação pode parecer desconfortável inicialmente, mas será inevitável. Empresas que tentarem manter-se rígidas, sem delegar, correrão o risco de se tornarem irrelevantes no mercado.
Por outro lado, aquelas que adotarem agentic AI com clareza estratégica estarão equipadas para enfrentar desafios complexos, com respostas adaptativas e eficazes, mesmo em cenários de caos ou mudanças repentinas.
Mais importante do que entender as características técnicas dos frameworks disponíveis é entender que tipo de empresa você deseja se tornar.
A sua escolha será uma expressão direta da sua filosofia organizacional e da sua visão de futuro.
O desafio, portanto, não é meramente tecnológico. É uma questão existencial para os negócios. Afinal, no cenário que se desenha para os próximos anos, adaptar-se rapidamente não será mais apenas uma vantagem competitiva — será uma condição básica para a sobrevivência.
GOVERNANÇA E SEGURANÇA: SEM PERDER O CONTROLE
A adoção da Model Context Protocol (MCP) — padrão aberto já abraçado por OpenAI, Google DeepMind e outros em 2025 — tem unificado forma de conectar agentes a dados externos com segurança e auditabilidade. Mas atenção: ainda há riscos como injeção de prompt e ferramentas maliciosas — então governança, supervisão humana e logs audíveis são fundamentais.
ESTRATÉGIA PARA EMPRESAS QUE QUEREM SURFAR ESSA ONDA
Você está pronto para essa revolução silenciosa? Ou continuará acreditando que o mundo seguirá mudando lentamente enquanto ele já acelera em saltos?
REFERÊNCIAS:
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”
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