Os números são alarmantes e a preocupação é real: os tumores pulmonares figuram como líderes das doenças oncológicas que ceifam mais vidas a cada ano, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante dessa triste realidade, ganha destaque o “Agosto Branco”, uma iniciativa promovida pela Associação Europeia de Respirologia, que busca chamar a atenção para a importância do combate ao câncer de pulmão, principalmente através do diagnóstico precoce.
Anualmente, mais de dois milhões de casos de câncer de pulmão são registrados em todo o mundo, com aproximadamente 200 mil desses casos ocorrendo somente no Brasil. Esses números alarmantes refletem a urgência de se tomar medidas eficazes para enfrentar a doença.
Especialistas concordam que a detecção em estágios iniciais é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.
O cirurgião torácico do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), Giancarlo Maruri Munaretto, explica que a tomografia computadorizada de baixa dosagem é um procedimento muito seguro, uma vez que tem pouca incidência de radiação e é feita totalmente sem contraste.
“A tomografia avalia as condições dos pulmões e é capaz de rastrear o câncer, oportunizando, em caso de diagnóstico precoce, a chance de até 95% de cura da doença. Diante disso, precisamos, além de conscientizar o paciente sobre a importância de realizá-la, disseminar entre clínicos gerais, cardiologistas, ginecologistas, mastologistas e ainda médicos de saúde da família o hábito de solicitar a realização deste importante exame, afirmou o médico.
Após o diagnóstico, um tratamento coordenado por uma equipe multidisciplinar entra em ação. O “estadiamento sistêmico” avalia a extensão da doença, incluindo metástases.
Para casos em que não há lesões, a cirurgia (videotoracoscopia) é realizada, seguida por acompanhamento médico.
Pacientes que necessitam de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia são encaminhados para o setor oncológico, com todos esses tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e no HUST.
O Dr. Giancarlo Maruri Munaretto enfatiza que a cirurgia para o câncer de pulmão é minimamente invasiva, visando preservar o máximo possível do pulmão afetado.
Isso não apenas garante uma melhor qualidade de vida para o paciente, mas também aumenta significativamente as chances de cura.
A conscientização é uma ferramenta poderosa na batalha contra o câncer de pulmão. “Conforme o INCA, 86,2% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados em estágio avançado no Brasil. Precisamos mudar essa realidade, conscientizando e mobilizando a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro, e quanto mais cedo for detectada, mais facilmente essa doença pode ser tratada”, finalizou Dr. Munaretto.
Fonte: Com informações de Alessandra Barros/Assessoria de Imprensa Unoesc Joaçaba
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