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Astronautas podem pegar “carona” em asteroides para chegar em Marte

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Conceito artístico de um asteroide perto da Terra. Crédito: McCarthy's PhotoWorks - Shutterstock

Em breve, astronautas poderão pegar “carona” em asteroides para uma viagem a outros planetas. É o que propõe uma equipe de pesquisadores da Ucrânia em um artigo publicado recentemente no servidor de pré-impressão arXiv. No plano da equipe, asteroides que passam próximos à Terra (chamados de NEOs) poderiam ser usados como meio de transporte para viajar a Marte e até Vênus.

Entenda:

  • Pesquisadores sugerem usar asteroides para viajar a Marte e Vênus;
  • As rochas espaciais com percursos próximos à Terra (chamadas de NEOs) poderiam reduzir o tempo de viagem aos planetas;
  • Consequentemente, riscos como radiação prolongada e microgravidade também seriam menores;
  • A equipe identificou 120 asteroides que permitiriam percorrer Terra-Marte, Terra-Vênus, Marte-Terra, Vênus-Terra, Marte-Vênus ou Vênus-Marte em 180 dias.
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Asteroides podem agilizar viagem a Marte. (Imagem: Ketut Agus Suardika/Shutterstock)

Atualmente, uma viagem de ida e volta a Marte levaria cerca de três anos, com riscos relacionados à radiação prolongada e outros fatores – como a microgravidade, que pode causar perda de massa óssea e atrofia muscular. Porém, com os asteroides servindo praticamente como ônibus espaciais, seria possível realizar o trajeto em um período de tempo muito menor. 

Viagem a Marte com asteroides pode acontecer em 180 dias

Os pesquisadores analisaram as órbitas de mais de 35 mil asteroides próximos à Terra, buscando trajetos da Terra a Vênus ou a Marte entre os anos de 2020 e 2120. 120 rochas espaciais foram detectadas com percursos Terra-Marte, Terra-Vênus, Marte-Terra, Vênus-Terra, Marte-Vênus e Vênus-Marte, com transferências rápidas estimadas em até 180 dias. E a lista ainda deve aumentar com a descoberta de novos NEOs.

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Asteroides próximos à Terra podem permitir viagem a Marte e Vênus em 180 dias. (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

Por um lado, o método ainda enfrentaria alguns desafios – principalmente relacionados à proteção contra radiação. Por outro, com a viagem muito mais rápida, essa exposição já diminuiria bastante. Logo, destaca a equipe, uma das partes mais importantes é escolher bem e identificar os asteroides mais velozes.

“Dado que uma missão humana a Marte é um problema altamente complexo (isso também se aplica a Vênus), e que o estabelecimento de uma estação de proteção contra radiação em NEOs pode encontrar vários problemas tecnológicos que são difíceis de prever agora, vale a pena escolher um alvo NEO inicial da lista de missões rápidas e únicas”, concluem os pesquisadores.

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