A Qualcomm ficou conhecida pelos chips presentes nos telefones Android. Nos últimos anos, a empresa vendeu pacotes para montadoras como GM, Hyundai e Volvo, que tornam os veículos conectados à nuvem. A ascensão da IA deu uma nova possibilidade à Qualcomm: agora, a companhia quer convencer seus clientes do setor automobilístico a investirem em seus produtos para integrar a tecnologia artificial aos modelos.
Na prática, isso possibilitaria aos carros terem assistentes de voz inteligentes, que poderiam ajudar na condução e navegação.
Com concorrentes como Nvidia e Intel na cola, a Qualcomm tem planos para se diferenciar e vê na IA uma forma de fazer isso. A empresa quer que seus chips possam viabilizar a tecnologia e o uso de grandes modelos de linguagem para realizar das tarefas simples às mais complexas.
Um exemplo dado pelo CEO da companhia, Cristiano Amon, no blog da Qualcomm, é que, se o motorista estiver a caminho do mercado e precisar que a assistente de IA do carro encontre uma receita, ela poderá achar os ingredientes e adicioná-los à lista de compra dessa pessoa. Outro exemplo é como o carro poderia ter Stable Diffusion, um software de IA para gerar imagens, e ser usado para criar um cartão de presente para um aniversariante, enquanto o motorista dirige para a festa.
De acordo com Nakul Duggal, vice-presidente sênior automotivo da Qualcomm, que conversou com a CNBC, o objetivo de curto prazo da empresa para viabilizar a IA em carros é criar um novo manual do usuário usando um modelo de linguagem que acompanhe o carro.
A esperança é que, no futuro, esses manuais sejam entendidos pela IA do veículo e ele processe o contexto em que está. Isso, inclusive, possibilitaria que a tecnologia evoluísse para uma direção autônoma ou vigiasse o motorista, para saber se ele realmente está acordado no volante ou não.
Fonte: Olhar Digital / Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi
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