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Conscientização sobre a Esclerose Múltipla: Um Dia para Informar, Apoiar e Unir

No Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, é fundamental refletirmos sobre os desafios enfrentados por milhares de pessoas no Brasil que convivem com essa condição neurológica crônica e imprevisível

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A esclerose múltipla (EM) atinge o sistema nervoso central, afetando a comunicação entre o cérebro e o corpo, e pode resultar em uma ampla gama de sintomas, que variam de fadiga e problemas de coordenação a dificuldades de visão e fala.

A EM é uma doença complexa e, embora ainda sem cura, os avanços na pesquisa e no tratamento têm proporcionado melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a falta de compreensão pública sobre a esclerose múltipla e a estigmatização que muitas vezes acompanha as doenças crônicas representam obstáculos adicionais para aqueles que vivem com essa condição.

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla é uma oportunidade crucial para aumentar a visibilidade da doença, educar a população sobre os sintomas e a importância de um diagnóstico precoce, além de promover o apoio necessário para os pacientes e suas famílias. Através de campanhas de conscientização, podemos não apenas informar, mas também criar uma rede de empatia e solidariedade.

Neste dia, convidamos todos a se unirem em prol de uma causa que afeta tantas vidas. Seja compartilhando informações nas redes sociais, participando de eventos de conscientização ou simplesmente ouvindo as histórias de quem convive com a esclerose múltipla, cada gesto faz a diferença. É hora de transformar o conhecimento em ação, e a conscientização em suporte real.

Que este dia sirva como um lembrete de que, juntos, podemos enfrentar a esclerose múltipla, com compaixão, conhecimento e determinação.

Esclerose Múltipla (EM)

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​​Trata-se de uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.
 
Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes: o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal.

 

A prevalência e incidência de EM no mundo variam de acordo com a geografia e etnia, com taxas de prevalência variando de 2 por 100.000 na Ásia e mais de 100 por 100.000 na Europa e América do Norte.

 

No Brasil, estima-se que existam 40.000 casos da doença, uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes, conforme a ultima atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde publicadas em 2013. O número estimado de pessoas com Esclerose Múltipla no mundo aumentou de 2,1 milhões em 2008 para 2,3 milhões em 2013.

 

A doença atinge geralmente entre pessoas jovens em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.
As causas envolves predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”:
  • infecções virais (vírus Epstein-Barr)
  • exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente
  • exposição ao tabagismo
  • obesidade
  • exposição a solventes orgânicos
  • estes fatores ambientais são considerados na fase da adolescência, um período de maior vulnerabilidade.

Nos portadores de esclerose múltipla as células imunológicas invertem seu papel: ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. As inflamações afetam particularmente a bainha de mielina – uma capa protetora que reveste os prolongamentos dos neurônios, denominados axônios, responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa.

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Com a mielina e os axônios lesionados pelas inflamações, as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal ficam comprometidas. Desta forma surgem os sintomas típicos da doença, como alterações na visão, na sensibilidade do corpo, no equilíbrio no controle esfincteriano e na força muscular dos membros com consequentemente redução da na mobilidade ou locomoção.

 

Os surtos (desmielinização) ocorrem a partir do surgimento de um novo sintoma neurológico ou piora significativa de um sintoma “antigo”, com duração mínima de 24 horas.

 

Para ser considerado um novo surto é necessário que ocorra um intervalo mínimo de 30 dias entre eles – caso contrário, considera-se o sintoma do mesmo surto em andamento. A recuperação dos ataques destas inflamações (desmielinização), chamados de surtos, pode ser total ou parcial (remielinização).

 

O quadro clínico de cada surto é variável e pode apresentar mais de um sintoma.

 

Alguns pacientes apresentam piora dos sintomas na ocorrência de febre ou infecções, frio extremo, calor, fadiga, exercício físico, desidratação, variações hormonais e estresse emocional – no geral são situações transitórias. Atenção especial às infecções, pois agravam o quadro clínico do paciente desencadeando sintomas que podem ser considerados surtos mas nestas situações é considerado “falso ou pseudo-surto”.

Sinais e sintomas

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  • Fadiga (fraqueza ou cansaço);
  • Sensitivas: parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face);
  • Visuais: neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho – escotoma – embaçamento ou perda visual), diplopia (visão dupla);
  • Motoras: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade);
  • Ataxia: falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
  • Esfincterianas: dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
  • Cognitivas: problemas de memória, de atençãodo processamento de informações (lentificação);
  • Mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade.

Formas clínicas da EM:

– remitente-recorrente (EMRR)
– secundária progressiva (EMSP)
– primária progressiva (EMPP)

A primeira forma de esclerose múltipla chamada surto-remissão ou remitente-recorrente (EMRR) engloba cerca de 85% dos casos. Ele é caracterizada pela ocorrência dos surtos e melhora após o tratamento (ou espontaneamente). Geralmente ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas. Os surtos duram dias ou semanas. Em média os surtos se repetem uma vez por ano caso não inicie o tratamento adequado.

Em um prazo de 10 anos aproximadamente, metade desses pacientes evoluirá para a segunda forma da doença, conhecida como secundariamente progressiva (EMSP). Nesta etapa os pacientes não se recuperam mais plenamente dos surtos e acumulam sequelas. Eles têm, por exemplo, uma perda visual definitiva ou maior dificuldade para andar, o que pode levar à necessidade de auxílio para mobilidade ou locomoção, como apoio de bengala ou cadeira de rodas.

Nos 10% dos casos restantes ocorre a chamada forma progressiva primária (EMPP), quando ocorre gradativa piora surtos.

E 5% dos pacientes apresentam a quarta forma doa doença, mais rápida e agressiva, chamada progressiva com surtos (EMPS). Nesta quarta forma estão combinados a progressão paralela do processo desmielinizante e comprometimento mais precoce dos axônios.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da esclerose múltipla são utilizados os Critérios de McDonald de 2017, que consideram vários aspectos clínicos e de imagem, associado a analise do líquor com a pesquisa de marcadores específicos. A Ressonância Magnética de crânio e coluna (medula espinhal) é a principal ferramenta para o diagnóstico da doenças desmielinizantes do SNC.

Fonte: Redação Ascenda/ Hospital Albert Einstein 

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