O Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, começa nesta segunda-feira (15) e vai até sexta-feira (19). A edição “Reconstruindo a Confiança” terá a inteligência artificial (IA) como um dos principais assuntos, além de temas tradicionais, como mudanças climáticas e criação de empregos.
No entanto, após a popularização em 2023, a tecnologia permanece divisiva e faz especialistas de países desenvolvidos e em desenvolvimento discordarem sobre os rumos da economia mundial.
A IA será um dos temas mais discutidos em Davos. Inclusive, a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou no domingo (14) que a tecnologia pode afetar quase 40% dos empregos globais e agravar as desigualdades.
O Olhar Digital falou sobre os possíveis rumos da edição, quem representará o Brasil e outros participantes deste ano nesta reportagem.
Para além do foco especial na temática, que também deve permear discussões sobre outras áreas, a IA tem dividido especialistas sobre o andamento da economia mundial em 2024.
A edição de 2024 do relatório Chief Economists Outlook (que compila previsões econômicas para o ano) revela que 94% dos economistas de países desenvolvidos espera que a IA ajude nos ganhos. Já nos países em desenvolvimento, apenas 53% dos especialistas tem a mesma esperança.
O documento ainda faz outras previsões relacionadas ao impacto da IA na economia global:
As divergências acontecem principalmente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na Europa, 77% dos economistas esperam que a economia piore. Já o sul e sudeste asiático são mais positivos e apenas 7% e 15%, respectivamente, acredita em deterioração. Os números são mais equilibrados na América Latina e nos Estados Unidos, onde 30% e 43% dos especialistas, respectivamente, veem cenário negativo.
A maior discordância é sobre a IA. 50% dos economistas acredita que haverá algum grau de mudança decorrente da tecnologia; 37% se dizem incerto; e 13% não esperam nenhum tipo de impacto econômico.
Com isso, o setor da tecnologia da informação (TI) e comunicação digital recebeu previsões positivas por parte de 20% dos especialistas. Já o varejo e vendas de produtos no geral receberam previsões negativas, seguidos de serviços financeiras, profissionais (consultorias) e imobiliários.
Fonte: Olhar Digital / Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Rodrigo Mozelli
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