O relatório “Emerging Tech Trends” 2025 elenca um conjunto de recomendações para organizações de nove segmentos econômicos, para que consigam distinguir incertezas de tendências e entender o básico. O recado é claro: o futuro exige ação
Vivemos um momento de transição radical. A convergência entre Inteligência Artificial, Biotecnologia e Sensores Avançados está moldando um superciclo tecnológico que redefine a economia e a dinâmica dos negócios. Para empreendedores e empresários, a mensagem é clara: a inércia não é uma opção.
A futurista Amy Webb provoca um questionamento essencial: por que CEOs reagem em vez de se antecipar?
O desconforto das incertezas e o medo de errar mantêm muitas empresas presas a ciclos de melhoria incremental, enquanto outras inovam disruptivamente.
A chave é transformar a incerteza em previsão estratégica.
Nesta linha, o relatório “Emerging Tech Trends” deste ano elenca um conjunto de recomendações para organizações de nove segmentos econômicos, para que consigam distinguir incertezas de tendências e entender o básico de foresight.
Neste relatório, temos um gráfico que apresenta o tempo de impacto das tendências tecnológicas em diferentes indústrias, variando de impacto imediato até uma janela de até 10 anos.
O relatório aborda três ondas principais de disrupção tecnológica – IA e Multiagentes, Biotecnologia e Nanotecnologia – e como essas forças moldarão setores específicos ao longo do tempo.
As Três Grandes Ondas do Futuro
IA e Multiagentes: O próximo salto da IA não está apenas na sua evolução, mas na capacidade de sistemas multiagentes colaborarem entre si, deliberando e resolvendo problemas sem intervenção humana. A pergunta não é se sua empresa usará IA, mas como ela se adaptará a um mundo onde as decisões automatizadas serão invisíveis e onipresentes.
A Inteligência Artificial está impactando praticamente todas as indústrias listadas, mas com ritmos diferentes. Setores como serviços financeiros, saúde e telecomunicações estão à frente na adoção, enquanto construção civil e agricultura terão impactos significativos, mas a longo prazo. A interconectividade de sistemas multiagentes será central para empresas que lidam com grandes volumes de dados, como mídia, seguros e logística.
Biotecnologia e Metamateriais: Estamos entrando na era da “Inteligência Viva”, onde a fusão entre IA e Ciências Biológicas transformará tudo, desde medicamentos até infraestrutura. Imagine prédios feitos de materiais programáveis que se ajustam a terremotos ou tecidos inteligentes que regulam a temperatura corporal.
Empresas que produzem bens físicos precisarão repensar toda sua cadeia de valor.
Essa transformação será particularmente disruptiva nos setores farmacêutico, médico e de saúde.
Nanotecnologia e Interfaces Cérebro-Máquina: O próximo paradigma envolve integrar a computação diretamente ao nosso corpo. Interfaces cérebro-máquina permitirão controlar dispositivos com a mente, e materiais sintéticos substituirão estruturas convencionais.
Isso não é ficção: empresas estão acelerando essas pesquisas para transformar o design e a engenharia.
Os metamateriais representam uma quebra de paradigma para indústrias que lidam com produtos físicos. Setores como aeroespacial, defesa, automotivo e construção serão fortemente impactados por essa revolução nos próximos 5-10 anos.
Alem destes, teremos impactos significativos:
Web3 e a Nova Infraestrutura Digital: Os impactos da infraestrutura Web3 (blockchain e descentralização) variam drasticamente entre setores. Serviços financeiros e telecomunicações estão entre os primeiros a serem impactados nos próximos 1-3 anos, enquanto setores como saúde, varejo e seguros sentirão os efeitos mais à frente.
Mobilidade, Robótica e Computação Quântica:
A mensagem principal do relatório é clara: não há setor imune à revolução tecnológica.
A pergunta não é mais se essas mudanças virão, mas quando e como elas impactarão seu negócio.
Algumas diretrizes para os líderes empresariais incluem:
A revolução que está à nossa porta exige mais do que respostas rápidas – exige liderança visionária. Diferentes setores serão impactados em momentos distintos, mas todos sofrerão transformações irreversíveis.
O maior risco para qualquer empresa hoje não é a disrupção tecnológica em si, mas a inação diante dela.
Empreendedores que souberem traduzir essas tendências em estratégias acionáveis estarão não apenas sobrevivendo, mas moldando o futuro dos negócios.
Agora, a pergunta é: qual será seu próximo passo?
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”.
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