Um novo estudo aponta que a Antártida era completamente diferente no passado em relação ao que conhecemos hoje. Segundo pesquisadores, há cerca de 40 milhões de anos atrás, a região era, inclusive, navegável.
No Mar de Amundsen, por exemplo, a equipe encontrou de 17 a 24 metros de sedimentos compostos por minerais que não correspondem aos da vizinha Antártida Ocidental. Análises comprovaram que este materiais vieram das Montanhas Transantárticas, que dividem a Antártida Oriental e Ocidental.
A conclusão do estudo, publicado na revista Science Advances, é que para que os minerais tenham chegado na região no Eoceno, eles devem ter sido carregados por um rio de 1.500 quilômetros de comprimento, ou mais. Os detritos teriam sido depositados em um delta pantanoso do rio.
De acordo com os pesquisadores, “a existência de tal sistema fluvial transcontinental mostra que, ao contrário de hoje, grandes partes da Antártida Ocidental devem ter sido localizadas acima do nível do mar como extensas planícies costeiras”.
A deposição de sedimentos pode ter sido interrompida há 34 milhões de anos pelo início da glaciação permanente. Em função da erosão que ocorreu neste enorme período de tempo, é impossível que o rio retorne em caso de derretimento generalizado de gelo, explicam os cientistas.
Fonte: Olhar Digital / Por Alessandro Di Lorenzo
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