Ingestão de objetos está entre as principais causas de atendimento veterinário emergencial em cães e gatos, a ingestão acidental de objetos é uma das principais razões que levam os tutores a buscarem pronto atendimento veterinário 24h
Isso acontece porque pets, como cães e gatos, têm uma personalidade naturalmente curiosa e aventureira, o que os torna mais propensos a esse tipo de acidente.
Durante as festas e ceias de fim de ano, com maior movimentação de pessoas em casa, esses episódios tendem a se tornar ainda mais frequentes.
Caso isso aconteça, o principal é manter a calma e levar o pet o mais rápido possível ao veterinário para que ele receba o tratamento adequado.
O recomendado é não induzir o animal ao vômito, pois essa atitude pode agravar o quadro e causar lesões internas.
“O ideal é que o dono mantenha a calma e fique atento a sinais importantes que o pet pode apresentar após ingerir um corpo estranho e potencialmente prejudicial. Em situações assim, a serenidade do tutor faz toda a diferença, é ela que permite tomar decisões rápidas e corretas para proteger o pet”, explica Ingrid Stein, veterinária do Centro Veterinário Nouvet.
Segundo a especialista, alguns objetos oferecem risco elevado, como materiais perfurocortantes — a exemplo de cacos de vidro e agulhas — e itens com potencial cáustico, como pilhas e baterias. Nesses casos, a busca por atendimento veterinário deve ser imediata.
Quando o animal doméstico ingere objetos como brinquedos, tecidos ou até alimentos humanos deixados ao alcance, é fundamental observar sinais clínicos importantes.
Um dos principais é o vômito frequente, especialmente após as refeições ou ingestão de água, o que pode indicar obstrução no trato digestivo.
A falta de apetite também merece atenção, já que o desconforto abdominal faz muitos pets recusarem comida ou petiscos.
Outro sinal comum é a letargia, quando o animal fica abatido, sem disposição e apresenta comportamento diferente do habitual.
A dor abdominal pode ser percebida quando o pet se encolhe, chora ao ser tocado ou evita movimentos bruscos.
Além disso, alterações nas fezes são indicativos relevantes, como dificuldade para evacuar, presença de sangue, diarreia ou ausência total de defecação, sinais que podem apontar obstrução intestinal.
Mesmo diante da preocupação com o bem-estar do mascote, especialistas reforçam que a melhor conduta é levar o pet ao veterinário e evitar soluções caseiras que possam agravar o problema.
É importante não induzir o vômito com substâncias como água oxigenada, sal ou outros produtos, pois eles podem causar queimaduras no estômago e no esôfago.
Também não se deve tentar retirar o objeto com as mãos em casos de engasgo, já que isso pode machucar o animal ou empurrar o item ainda mais para dentro.
Outra orientação é não medicar o pet por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico.
Oferecer alimentos ou petiscos na tentativa de “empurrar” o objeto também é contraindicado, já que pode causar obstrução completa.
“A mais importante das indicações é não esperar demais antes de oferecer atendimento profissional ao cão ou gato, na esperança de que o objeto saia sozinho. Em muitos casos, o objeto não passa naturalmente e pode provocar obstrução, perfuração intestinal, hemorragia ou intoxicação grave, e no pior dos casos, a morte”, alerta Ingrid.
Para reduzir o risco de ingestão acidental, algumas medidas preventivas podem ser adotadas no dia a dia. Manter objetos pequenos e o lixo fora do alcance dos pets é essencial, assim como supervisionar as brincadeiras, principalmente no caso de filhotes.
Também é importante escolher brinquedos resistentes e petiscos próprios para cães e gatos, respeitando porte e idade.
Investir em enriquecimento ambiental ajuda a reduzir o tédio, já que pets entediados tendem a mastigar e engolir objetos como forma de aliviar a ansiedade.
Mesmo com todos os cuidados, acidentes podem acontecer. Por isso, reconhecer rapidamente os sinais de ingestão e ter sempre à mão o contato de uma clínica veterinária 24h próxima de casa pode fazer toda a diferença.
Fonte: NoAr, adaptado por Equipe Cães&Gatos
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