As ações voltadas para o combate à dengue em Santa Catarina ganharam um importante reforço. Nesta terça-feira, 10, o governador Jorginho Mello formalizou o repasse de mais de R$ 15 milhões para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de combate ao Aedes aegypti. Ao todo, 18 projetos de pesquisadores de sete Instituições de Ensino Superior (IES) foram selecionados pelo edital 37/2024 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) para receber fomento.
“Isso é fundamental, porque nós temos que mapear, descobrir quem é o nosso inimigo, onde é que ele está, como é que ele se reproduz, como é mais fácil atacá-lo. E isso é feito com pesquisa, por isso que a Fapesc está apostando em 18 projetos. Nós vamos investir mais ou menos R$ 15 milhões pra poder ter um domínio maior, um conhecimento maior sobre com quem nós estamos lidando”, argumentou o governador Jorginho Mello.
Os projetos selecionados pelo edital da Fapesc vão estudar temas como: os efeitos das mudanças climáticas sobre a presença do mosquito; formas de combate da população do mosquito com a nanotecnologia e o uso de recursos naturais; tecidos repelentes; método de testes rápidos para diagnóstico da doença; e avaliação da propagação dos casos de dengue nas regiões metropolitanas e como prever o avanço da doença.
“É importante porque nós temos que agir diferente com uma doença causada por um mosquito que se adapta a vários cenários. As mudanças climáticas estão impactando diretamente a sazonalidade da doença. Esse é edital é fundamental para que nós possamos unir as tecnologias, as inovações ao combate a essa doença, juntando os esforços da população geral, do governo, da academia e de todo o setor produtivo”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Para o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, se trata deum excelente exemplo de como a Fapesc usa recursos diretamente numa demanda da comunidade. “A verba vai para projetos que já estão em andamento ou em novas iniciativas que vão ter efeito direto em cima desse nosso problema comunitário. São mestrandos, são doutorandos, são professores que já atuam nos programas de pós-graduação, são alunos de graduação. Quando a gente olha o contexto das pesquisas tem desde o desenvolvimento de tecidos repelentes até o desenvolvimento de larvicidas, desenvolvimento de insetos estéreis, tem várias técnicas de campanha contra o inseto ou tratar sintomas da doença, então é um aspecto muito amplo”, explica.
Em julho de 2024, a Fapesc lançou o edital 37/2024, para apoiar com até R$ 6 milhões a realização de estudos científicos, tecnológicos ou de inovação voltados ao desenvolvimento de estratégias de controle ao Aedes aegypti, além da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças veiculadas ao vetor, incluindo medidas de educação continuada em saúde. O edital selecionou seis projetos.
No entanto, em decorrência da situação epidemiológica em Santa Catarina, foi ampliado o fomento para pesquisas na área do Aedes aegypti, com a suplementação de mais de R$ 9,5 milhões ao edital 37/2024. Com isso, 12 novos projetos foram contemplados, totalizando 18 propostas aprovadas pelo edital.
Além do edital 37/2024, voltado para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de combate ao mosquito da dengue, a Fapesc também lançou em julho de 2024, duas chamadas públicas sobre o mosquito maruim. Trata-se do edital 36/2024 – Pesquisa para Investigação, Desenvolvimento de Medidas de Controle Sustentáveis e Monitoramento da Superpopulação do Mosquito Maruim, e do edital 35/2025 – Controle Sustentável da Superpopulação do Mosquito Maruim, voltado para o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores com o objetivo de promover o controle sustentável da superpopulação do maruim.
Fonte: Por ASCOM | FAPESC
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