O mercado financeiro brasileiro iniciou o dia com queda no Ibovespa devido a dados econômicos desanimadores, tanto na China quanto no Brasil. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta manhã, mostrou uma queda mensal de 2% em maio, contrariando as projeções que indicavam uma queda de apenas 0,1%. Além disso, a economia chinesa também apresentou números abaixo das expectativas, com um crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,3%, um ponto percentual abaixo do consenso do mercado.
Embora a produção industrial chinesa tenha surpreendido positivamente, com uma expansão anual de 4,4%, as vendas do varejo decepcionaram, com um aumento anual de apenas 3,2%. Esses resultados afetaram negativamente as bolsas de valores na Ásia.
No cenário interno brasileiro, o IBC-Br, que funciona como um termômetro do PIB, registrou uma queda de 2% em maio devido ao fim da safra de soja e à queda acentuada no varejo. No entanto, de janeiro a maio de 2023, o indicador teve um avanço acumulado de 3,61%. Isso foi impulsionado pelos resultados acima do esperado nos meses de fevereiro e abril, o que levou a projeções otimistas para o crescimento econômico do país neste ano.
Atualmente, os analistas projetam um crescimento de 2,24% até o final do ano, enquanto no início de 2023 a projeção era de apenas 0,78%. Além disso, as projeções para a inflação de 2023 se mantiveram em 4,95%, mas a estimativa para o IPCA de 2025 caiu de 3,60% para 3,50%. A projeção da taxa Selic, a taxa de juros básica da economia brasileira, se manteve em 12% para este ano, enquanto a projeção para o dólar em 2023 permaneceu em R$ 5,00.
Escrito por Ricardo Antonello
Empreendedor, Investidor e Palestrante
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