Se um asteroide parecido com o que dizimou os dinossauros atingisse a Terra, o impacto ia gerar uma onda de choque milhões de vezes mais poderosa que uma bomba atômica, arrasando tudo que estiver pelo caminho e desencadeando fenômenos catastróficos, como tsunamis e terremotos.
A boa notícia é que hoje, milhões de anos mais tarde, a humanidade seria pelo menos alertada com antecedência. E, segundo a NASA, seria possível até evitar o pior.
O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da agência espacial tem justamente a tarefa de encontrar, rastrear e avaliar riscos associados a asteroides perigosos: “Queremos encontrar todos eles antes que nos encontrem”, disse Lindley Johnson, Executivo Líder do Programa do Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária, ao Business Insider.
Para fazer isso, a NASA trabalha em parceria com uma força tarefa global de astrônomos, a Rede Internacional de Alerta de Asteróides (ou IAWN na sigla em inglês).
Se o asteroide se dirigisse para os EUA, por exemplo, a NASA notificaria a Casa Branca e o governo divulgaria uma declaração formal ao público. Se fosse grande o suficiente para representar uma ameaça internacional, a IAWN notificaria também o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior.
Um asteroide é considerado “potencialmente perigoso” se tiver mais de 140 metros de diâmetro e cruzar a órbita da Terra a uma distância mínima de 0,5 unidades astronômicas (a metade da distância entre a Terra e o Sol).
Existem cerca de 2.300 conhecidos, pelo menos 153 deles têm mais de 1 km de diâmetro, o que é grande o suficiente para desencadear uma catástrofe na Terra.
Com dados suficientes, a NASA poderá prever com segurança suas órbitas com até um século de antecedência, afirma Johnson.
Há uma pequena chance do asteroide Bennu atingir a Terra em 159 anos, provocando uma explosão equivalente a 24 bombas nucleares. Mas as probabilidades de isso acontecer são de uma em 2.700, segundo um estudo.
Ainda assim, a NASA possui protocolos para defender o planeta, mas precisaria de pelo menos cinco a 10 anos de antecedência para evitar o apocalipse. Se a ameaça surgisse em menos de cinco anos, por exemplo, não haveria teria tempo para desviar o asteroide. Uma opção seria tentar a destruição para reduzir os efeitos do impacto.
Por isso, a estratégia da IAWN é encontrá-los até séculos antes do impacto: “Isso nos dá bastante tempo para tentar fazer algo a respeito enquanto”, conclui Johnson.
Fonte: Olhar Digital / Por Gabriel Sérvio, editado por Bruno Capozzi
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