Y Corps é o projeto vencedor da etapa regional e representará a cidade de Lages na final do Programa Nascer, que premiará com R$ 220 mil o projeto vencedor da etapa final no Super Pitch Day, em Florianópolis. O segundo lugar receberá R$ 150 mil, e o terceiro lugar, R$ 130 mil, como incentivo para fomentar os novos negócios.
O Programa Nascer foi realizado nos 15 Centros de Inovação que compõem a Rede Catarinense de Centros de Inovação e, nesta semana, ocorreram as bancas de pitches que definiram os projetos locais que competirão na final. O principal objetivo do programa é contribuir para a estruturação das ideias em negócios e orientar os primeiros passos, com dois encontros semanais.
Neste ano, o Programa Nascer registrou um recorde de inscrições, totalizando 1.211 projetos, dos quais 483 foram aprovados. O expressivo número reflete o interesse pela criação de novos negócios e garante a qualidade dos projetos aprovados para se transformarem em empreendimentos ao final do processo, com o auxílio do valor da premiação.
“Tem muita gente com ideia e, a partir do momento que mostramos que é possível tirá-la do papel, acabamos tendo um retorno interessante. É claro que o sucesso de ter 21 projetos chegando ao final do processo vai ao encontro da metodologia aplicada, que é rápida, ocorre no período noturno, e se adapta à disponibilidade de muitas pessoas. Tudo isso contribui para o sucesso do programa”, comenta Salomão Eineck, coordenador do Programa Nascer em Lages.
O coordenador também destaca que o recorde de inscrições nesta edição do Programa Nascer foi resultado de um esforço conjunto de divulgação e do acesso facilitado à academia. “Vários dos projetos vieram da academia. O projeto vencedor veio da área de pesquisa. Pelo menos cinco projetos estavam engavetados, e agora estão no Nascer. Partindo desse princípio, conseguimos perceber que causamos impacto na academia!”
O pitch aconteceu no Centro de Inovação Luiz Henrique da Silveira, em Lages, com uma banca avaliadora composta por Gabriel Borba, Claiton Camargo, Mayra Juline e Vitor Bona. Eles analisaram o nível de maturidade dos projetos, a viabilidade dos negócios e as apresentações. Ao todo, 21 projetos foram avaliados em Lages, com um representante selecionado para competir em Florianópolis pelo prêmio de R$ 220 mil.
O projeto Y Corps, formado pelas pesquisadoras Sandra Davi Traverso, Cláudia Pies Biffi e Camila Martins Conti, foi o vencedor da etapa regional. A ideia do negócio nasceu da dificuldade enfrentada pelos pesquisadores em acessar anticorpos, que, quando importados dos Estados Unidos, demoram para chegar ao Brasil e muitas vezes acabam estragando no transporte, prejudicando o desenvolvimento das pesquisas. Além disso, há a burocracia envolvida nesse processo.
A solução apresentada é a produção de anticorpos no Brasil por meio de tecnologia nacional. “O Brasil é ótimo em importar, inclusive insumos, mas está na hora de ganharmos nossa independência. Então, a ideia é produzir anticorpos aqui no Brasil, utilizando os nossos próprios patógenos”, explica a equipe.
Para a professora e pesquisadora Sandra Traverso, a experiência com o Programa Nascer foi extremamente positiva devido ao esforço conjunto da equipe. “A ideia do projeto nasceu dentro do laboratório, ao vivenciarmos a dificuldade de não ter acesso a anticorpos. Somos essencialmente pesquisadores e professores, sem visão comercial. O que aprendemos e crescemos no Nascer não tem como mensurar, porque esse conhecimento não teríamos acesso, nem saberíamos onde procurar”, conclui.
Agora, os empreendedores irão disputar os R$ 220 mil no Super Pitch Day, em Florianópolis, no próximo ano, quando todos os vencedores regionais se reunirão.
Fonte: ACATE – Associação Catarinense de Tecnologia
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