Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cápsula Starliner, da Boeing, está programada para deixar a Estação Espacial Internacional (ISS) nesta sexta-feira (6), sem tripulação a bordo.
A operação de desacoplamento da espaçonave, prevista para ocorrer às 19h04 (horário de Brasília), será transmitida ao vivo pela NASA, com cobertura a partir das 18h45, no canal oficial da agência no YouTube (clique aqui).
O pouso da Starliner está previsto para cerca de seis horas depois, no Espaçoporto de White Sands, no Novo México, no início da madrugada de sábado (7). A NASA também transmitirá essa etapa ao vivo, a partir das 23h50, neste link.
Embora uma estadia prolongada no espaço possa parecer desafiadora, esse período não estabeleceria um novo recorde. Missões na ISS geralmente duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. Saiba aqui quem foram as pessoas que passaram mais tempo no espaço.
O Teste de Voo da Tripulação (CFT) da Starliner, que representa o primeiro voo tripulado da cápsula, começou em 5 de junho. A nave atracou na ISS no dia seguinte, apesar de enfrentar alguns problemas técnicos, como vazamentos de hélio antes do lançamento e a falha de cinco dos 28 propulsores do sistema de controle de reação durante o acoplamento.
Inicialmente programada para durar cerca de oito dias, a missão CFT-Starliner foi prolongada para quase três meses, permitindo a realização de testes adicionais no sistema de propulsão da espaçonave.
Devido aos problemas técnicos enfrentados, a NASA optou por não arriscar o retorno dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams a bordo da Starliner. Em vez disso, a dupla retornará à Terra em uma cápsula SpaceX Crew Dragon, em fevereiro de 2025. Sendo assim, a Starliner completará seu retorno sem tripulação.
Tanto a Boeing quanto a SpaceX receberam contratos bilionários da NASA em 2014 para desenvolver veículos de transporte de astronautas, substituindo o ônibus espacial aposentado em 2011. No entanto, os voos comerciais tripulados foram adiados devido a desafios técnicos e de financiamento, com a SpaceX realizando sua primeira missão tripulada à ISS em 2020, e a Boeing apenas agora.
Os problemas enfrentados pela Starliner, desde sua primeira tentativa de voo não tripulado para o laboratório orbital em 2019, até a missão CFT, ilustram as dificuldades e a complexidade dos projetos aeroespaciais.
Apesar dos esforços da Boeing para corrigir as falhas técnicas, incluindo o lançamento do segundo voo de teste não tripulado em 2022, a missão continua a enfrentar desafios, como questões de propulsores e problemas com o sistema de paraquedas e fiação.
Mesmo com todos os contratempos, a NASA e a Boeing seguem comprometidas em avaliar e solucionar os problemas para garantir a certificação do CFT. O futuro da Starliner dependerá dos resultados dessas análises e do trabalho contínuo para superar os desafios técnicos enfrentados até o momento.
Fonte: Olhar Digital / Por Flavia Correia, editado por Lucas Soares
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