Nossa impressão digital é única (até onde sabíamos) não foram encontradas duas pessoas no mundo que tivessem sequer o mesmo padrão de digital, nem gêmeos idênticos. No entanto, um novo estudo usou IA para analisar milhares de impressão digitais e descobriu que, na verdade, existem, sim, padrões em comum entre elas.
A singularidade da impressão digital é usada a nosso favor, seja para a identificação pessoal ou por motivos de segurança, como no setor forense e investigação de cenas do crime. Tudo isso se baseia na impossibilidade de haver digitais repetidas, nem mesmo na mesma pessoa.
E não foi por falta de tentativa de achar repetições. Para analisar os padrões de impressão digital, os pesquisadores as dividem em cristas elevadas e sulcos recuados (a grosso modo, as linhas e espaços). Então, eles comparam os padrões das cristas as enquadrando em outras três categorias: voltas, espirais e arcos.
A análise se dá por uma característica específica das cristas, a minúcia. Padrões em comum entre impressões digitais não foram identificados.
Até agora. Um novo estudo usou uma IA para mudar o método de análise das impressões digitais e descobriu um resultado diferente: elas podem ter padrões em comum entre si.
Veja como foi o processo:
O estudo ainda testou a IA para diferentes casos e confirmou que ela é eficaz com impressões digitais de diferentes gêneros e grupos raciais. Inclusive, nos casos em que foi treinada com maior variedade, se saiu melhor.
Porém, há críticas. Antes de ser publicada, a pesquisa foi rejeitada por uma revista forense, que alegou que “é bem sabido que cada impressão digital é única”.
Ela seguiu em frente e foi aprovada na Science Advances, mas os responsáveis reconhecem que é necessário um treinamento com um conjunto de dados ainda maior para ver como ela se sai e se pode mesmo revolucionar o setor forense – sem contar uma verdade já tão estabelecida.
Fonte: Olhar Digital / Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Lucas Soares
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