Como definir o tempo? No início do século XX, Albert Einstein revolucionou a nossa concepção ao defender que ele depende da velocidade do observador e do campo gravitacional ao qual ele está sujeito, fenômenos que foram demonstrados experimentalmente. Mas segundo uma teoria da física moderna, o tempo não avança e, em grande parte, é apenas uma ilusão.
Para entender a teoria é preciso compreender a chamada “seta do tempo”. Quando deixamos um ovo cair no chão, por exemplo, ele se quebra. Mas nunca acontece de os pedaços se recomporem espontaneamente e o ovo pular de volta para as nossas mãos.
Isso faz parte do segundo princípio da termodinâmica, segundo o qual “a entropia sempre tende a aumentar”. A entropia é algo semelhante à desordem em um sistema físico. Há muito mais estados desordenados do que estados ordenados e, portanto, a evolução sempre tende a desordenar os sistemas.
O Universo na época do Big Bang tinha entropia muito baixa, ou seja, muito pouca desordem. Ninguém sabe por que esse fato crucial aconteceu, mas foi graças a ele que a entropia pôde aumentar e a seta do tempo com a qual estamos familiarizados se originou. Os cientistas explicam que a entropia só aumentou por meio de processos irreversíveis, como o ovo quebrando.
O mundo, de fato, está repleto desses vestígios do passado: crateras na Lua, fósseis, construções humanas e assim por diante. Pela mesma razão, relacionamos os registros em nosso cérebro a eventos passados que os “causaram”. E é isso que produz a sensação psicológica de que viajamos do passado (baixa entropia) para o futuro (alta entropia).
Fonte: Olhar Digital / Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi
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