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Usamos tanta IA que Europa quer colocar data centers no espaço

(Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Precisa-se de cada vez mais data centers para acompanhar o crescimento da inteligência artificial (IA). Com isso, a demanda por energia também aumenta. Isso fez a União Europeia (UE) estudar alternativas. Uma delas é colocar data centers no espaço, onde teriam “energia infinita”.

Data centers de IA devoram energia na Terra – por isso, podem acabar no espaço

  • A crescente demanda por data centers para suportar o crescimento da inteligência artificial (IA) tem aumentado significativamente a demanda por energia. Isso levou a União Europeia (UE) a considerar alternativas – uma delas é colocar data centers no espaço, onde teriam “energia infinita”;
  • A Agência Internacional de Energia prevê que, até 2026, os data centers globais consumirão tanta energia quanto o Japão (1.000 terawatt-horas). O estudo ASCEND, coordenado pela Thales Alenia Space, considera o lançamento de data centers para a órbita da Terra como uma solução viável do ponto de vista técnico, econômico e ambiental;
  • Data centers no espaço poderiam se beneficiar da energia solar ilimitada. Centros de dados de IA exigem aproximadamente três vezes mais energia do que os centros tradicionais, tornando a energia uma preocupação crucial, conforme Merima Dzanic da Associação Dinamarquesa da Indústria de Data Centers;
  • O projeto ASCEND propõe lançar 13 “blocos de construção” de data centers espaciais com uma capacidade total de 10 megawatts até 2036, para comercializar serviços de nuvem. A meta é implantar 1,3 mil blocos até 2050 para alcançar 1 gigawatt, que orbitariam a 1,4 mil quilômetros da Terra.

Parece exagero? Para você ter ideia, a Agência Internacional de Energia estima que os data centers ao redor do mundo vão consumir, juntos, tanta energia quanto o Japão (1.000 terawatt-horas) até 2026.

Lançar data centers para a órbita da Terra seria tecnicamente, economicamente e ambientalmente viável, segundo estudo Advanced Space Cloud for European Net zero emission and Data sovereignty (ASCEND), coordenado pela Thales Alenia Space em nome da Comissão Europeia. A empresa divulgou resultados do estudo em seu site.

No espaço, data centers teriam ‘energia infinita’ graças ao Sol

No espaço, data centers teriam “energia infinita” graças ao Sol (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Os centros de dados são essenciais para acompanhar a digitalização, mas exigem quantidades significativas de energia e água para alimentar e resfriar seus servidores.

“Os data centers de IA precisam de cerca de três vezes mais energia do que um data center tradicional, e isso é um problema não apenas do lado energético, mas também do lado do consumo”, disse Merima Dzanic, chefe de estratégia e operações da Associação Dinamarquesa da Indústria de Data Centers, à CNBC.

Também em entrevista à CNBC, Damien Dumestier, gerente do projeto ASCEND, falou sobre uma alternativa para lidar com esse cenário: “A ideia é retirar parte da demanda energética dos data centers e enviá-los ao espaço para se beneficiar da energia infinita, que é a energia solar.”

Data centers no espaço é uma ideia viável, mas como funcionaria?

Data centers de IA precisam de três vezes mais energia do que um data center tradicional (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

As instalações que o estudo explorou lançar ao espaço orbitariam a uma altitude de cerca de 1,4 mil quilômetros – aproximadamente três vezes a altitude da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Dumestier explicou que o ASCEND implantaria 13 “blocos de construção” de data centers espaciais com uma capacidade total de 10 megawatts até 2036, para iniciar a comercialização de serviços de nuvem.

Cada bloco, com uma área de superfície de 6,3 mil metros quadrados, teria capacidade para seu próprio serviço de data centers. E seria lançado num único veículo espacial, explicou o gerente do projeto.

Para ter um impacto significativo no consumo de energia do setor digital, o objetivo é implantar 1,3 mil “blocos de construção” até 2050 para alcançar 1 gigawatt, segundo Dumestier.

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